As autoridades chinesas reforçaram o controlo sobre as redes sociais, sobretudo na verificação da identidade dos utilizadores, nas vésperas do próximo congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), o mais importante acontecimento da agenda política do país.

A Administração do Ciberespaço da China publicou na quinta-feira à noite um novo regulamento, no qual estabelece que as empresas do setor devem verificar as identidades reais dos membros em grupos de conversação no espaço ‘online’.

O regulamento estipula também um aumento do controlo sobre os comentários na rede e o estabelecimento de um mecanismo que classifica a credibilidade dos utilizadores.

A normativa entra em vigor no próximo dia 08 de outubro, apenas dez dias antes do início do XIX congresso do PCC, durante o qual será definida a liderança da segunda economia mundial durante os próximos cinco anos.

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O Wechat – equivalente chinês à aplicação para mensagens de texto e voz WhatsApp – tem 800 milhões de utilizadores, enquanto o Weibo – semelhante à rede de mensagens instantâneas Twitter – tem cerca de 200 milhões.

A rede social Facebook e o Twitter estão bloqueados na China. Nos últimos meses, a Administração do Ciberespaço proibiu a difusão de rumores sobre celebridades nas redes sociais e apertou o controlo sobre quais as notícias que podem ser difundidas.

As autoridades chinesas lançaram também uma campanha contra os serviços de VPN (Virtual Proxy Network), um mecanismo que permite aceder à Internet através de um servidor localizado fora da China.