A Coreia do Norte acabou de disparar mais um míssil desde Pyongyang. O míssil sobrevoou o Japão e terá caído no Oceano Pacífico. O governo japonês está a aconselhar a população a procurar abrigo e terá identificado o míssil como balístico, de acordo com a estação local NHK.
A mesma estação diz que o míssil foi lançado cerca das 06h57 locais desde Sunan (perto da capital Pyongyang) e alcançou uma altitude de 770 quilómetros. Caiu cerca de 19 minutos depois, a 2.000 quilómetros do Japão, pelas 07h16 locais, sobrevoando o norte da ilha de Hokkaido, percorrendo 3.700 quilómetros. O governo japonês já garantiu que a população está fora de perigo.
O secretário de imprensa do governo japonês disse que o país irá tomar as medidas necessárias na ONU e que está em contacto com os Estados Unidos e a Coreia do Sul. À Sky News o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, disse acreditar que este lançamento é um sinal da frustração do regime coreano às sanções das Nações Unidas.
Os governos japonês e sul-coreano marcaram já reuniões de emergência dos respetivos conselhos nacionais de segurança para analisar esta nova ameaça da Coreia do Norte. Donald Trump também já terá sido informado do sucedido pelo Chefe de Gabinete da Casa Branca, John Kelly, diz o The Guardian.
O mesmo jornal acrescenta, contudo, que o tipo de míssil ainda não foi identificado. O exército norte-americano e sul-coreano estão a analisar os detalhes deste lançamento, de acordo com uma fonte oficial do exército da Coreia do Sul.
É a sexta vez que um míssil balístico norte-coreano sobrevoa o Japão. O último míssil que tinha sido disparado pelo regime norte-coreano caiu no mar a 700 milhas a leste da ilha japonesa de Hokkaido e foi visto pelos norte-americanos como um exercício para lançar outro míssil na direção da ilha americana de Guam.
A Coreia do Norte já tinha anunciado acelerar o seu programa nuclear, como resposta às sanções da ONU ao país. A reunião das Nações Unidas tinha decidido aplicar as mais “severas” sanções ao país, nas quais proibia as exportações de produtos têxteis e reduzia o abastecimento de petróleo.