O ministro do Ensino Superior e o presidente do Politécnico de Castelo Branco pediram esta quinta-feira à Inspeção-Geral de Educação e Ciência que abra um inquérito à licenciatura do comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil, Rui Esteves.

A licenciatura de Rui Esteves em Proteção Civil pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi concluída com 32 equivalências num total de 36 unidades curriculares que compõem o curso, segundo avançou o jornal Público e a RTP. De acordo com a informação, as equivalências tiveram por base experiência profissional e cursos de formação.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tomou hoje conhecimento deste assunto pelo presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que informou o ministro que tinha enviado o assunto para a Inspeção Geral da Educação e Ciência“, refere um esclarecimento enviado à Lusa pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

“O ministro também reforçou o pedido junto da Inspeção”, acrescentou a mesma fonte.

Comandante da Proteção Civil fez quase toda a licenciatura com equivalências

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Ministro apenas “reforçou” pedido do Politécnico para “averiguar” licenciatura

O ministro do Ensino Superior afirmou esta quinta-feira no Porto que “reforçou” o pedido feito pelo Politécnico de Castelo Branco à Inspeção-Geral de Educação e Ciência para “averiguar” a licenciatura do comandante da Proteção Civil, Rui Esteves.

“Tive conhecimento do caso pela comunicação social e pelo presidente do Politécnico Castelo Branco, que já comunicou à inspeção-geral. Eu limitei-me a reforçar o pedido para a inspeção averiguar todos os casos”, disse Manuel Heitor aos jornalistas, à margem da abertura da 12ª edição do YES (Young European Scientist) Meeting, que decorre na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Sem querer comentar o caso, o governante limitou-se a frisar que pediu “à inspeção uma averiguação” e que o desfecho da investigação será “uma situação como todas as outras, no âmbito do código civil”.

Limitei-me a pedir para averiguar”, frisou.

O comandante da ANPC enfrenta ainda um processo disciplinar pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), ordenado na sexta-feira pela ministra da Administração Interna, depois de ter sido noticiado pela RTP a acumulação de funções públicas por Rui Esteves. Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) adiantou que o inquérito tem “caráter de urgência” e que as conclusões do IGAI devem ser remetidas a Constança Urbano de Sousa no prazo máximo de 30 dias.

Administração Interna abre processo contra Comandante da Proteção Civil