A agência de rating S&P retirou a notação de crédito de Portugal de “lixo” e tornou-se na primeira grande agência (desde a crise) a recolocar a notação de risco de Portugal em “investimento de qualidade”. O ministro das Finanças, Mário Centeno, reagiu poucos minutos depois: “O Governo nunca duvidou que o progresso inequívoco que Portugal fez ao longo dos últimos anos seria reconhecido”, lê-se no comunicado enviado às redações pelo Ministério das Finanças.
A S&P não é uma agência paga pelo Estado português desde que o governo de Passos Coelho suspendeu o contrato que detinha com a agência. Depois do anúncio desta sexta-feira, Mário Centeno diz que a decisão abre caminho ao alargamento da base de investidores na dívida da República Portuguesa, permitindo a melhoria das condições de financiamento das famílias e empresas portuguesas.
“A decisão da Standard and Poor’s traduz o crescente reconhecimento, por parte de agentes institucionais e privados, do progresso notável que Portugal tem vindo a fazer na economia e nas contas públicas”, afirmou o ministro das Finanças, Mário Centeno, acrescentando que a agência baseia a sua decisão “no reconhecimento da recente mudança estrutural ocorrida no setor financeiro, na abrangência do crescimento económico, alicerçado numa forte dinâmica de investimento e de exportações, e no controlo da despesa e da dívida pública”.
Centeno destaca a “sequência de sólidos resultados económicos e financeiros que Portugal alcançou, incluindo nas suas contas públicas, entre os quais se destacam a saída de Portugal do procedimento por défice excessivo, o défice mais baixo do seu período democrático, o maior crescimento económico deste século e uma criação de emprego que supera a média da União Europeia”.
O ministro das Finanças reforçou ainda que “o Governo reitera o compromisso de seguir um caminho de equilíbrio das contas públicas e de crescimento sustentável e inclusivo, preservando os sucessos alcançados e aprofundando o esforço reformista orientado para melhorar o potencial de crescimento do país”.