Mais de 80 especialistas mundiais começam esta segunda-feira, em Lisboa, a debater a doença de Alzheimer e as demências de forma global, problema que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. A cimeira internacional “Alzheimer’s Global Summit”, que começa hoje e se prolonga até sexta-feira, decorre na Fundação Champalimaud e é coorganizada pela Fundação Rainha Sofia, de Espanha.
Segundo os organizadores, o encontro tem como objetivo discutir e partilhar os recentes progressos em duas áreas distintas, mas complementares: a da intervenção terapêutica e a área de investigação sobre doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, Huntington e Parkinson.
A crise global da demência afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo e, até 2050, estima-se que este número possa quase triplicar.
A cimeira vai reunir cientistas internacionais de mais de 20 países. Richard Axel e John O’Keefe, que receberam o Prémio Nobel da Medicina em 2004 e 2014, farão intervenções sobre neurologia e genoma e redes de cérebro essenciais para a construção de memórias.
De Portugal surgem oradores como o neurologista António Damásio, Prémio Príncipe das Astúrias para Investigação 2005, ou Rui Costa, investigador do Centro Champalimaud especialista em neurobiologia da ação e do movimento.
O encontro contará com a presença da Rainha Sofia de Espanha, do Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, do comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, com o diretor de saúde mental da Organização Mundial da Saúde, Shekkar Saxena, e com a presidente da Champalimaud, Leonor Beleza.