O Mónaco, talvez por ser pequeno em superfície – possui uma área inferior à da maioria das cidades com alguma relevância, resumindo-se a 2 km2 –, tenta que se consiga circular com algum à-vontade no seu interior. Sim, porque como o principado possui a maior concentração de Bentley, Rolls, Ferrari, Lamborghini e Bugatti, nada de obrigar os condutores a circular num eterno pára-arranca.

Além dos túneis construídos para aumentar a fluidez do tráfego, as autoridades não vêem com bons olhos particulares a passearem-se em veículos que mais parecem… camiões. Não vêem mesmo. Vem isto a propósito do veículo de uma família árabe que viu um Mercedes G63, especialmente preparado pela Brabus, a que recorria para deslocar o seu corpo de guarda-costas, ser impedido de aí circular.

O modelo que tanta polémica causou é um Mercedes G63 AMG 6×6, que depois de devidamente transformado, adoptou a denominação B63S 700 6×6. E a novidade aqui reside no 6×6 que surge no final de tão extenso nome de baptismo, sinónimo de seis rodas e todas elas motrizes, o que obriga o modelo a um comprimento muito similar a alguns camiões de mudanças. E, já agora, o 700 que aparece imediatamente antes do 6×6, significa que o gigantesco jipe está equipado com um motor não menos impressionante (um V8 com 5,5 litros biturbo), capaz de fornecer 700 cv e um rugir que até faz estremecer a calçada monegasca.

A imensa altura ao solo e uma eficiência aerodinâmica comparável à de um frigorífico levam a que a Brabus não dê grande ênfase à velocidade máxima do mastodôntico veículo – tanto mais que está limitada a 160 km/h -, mas faz questão de explorar a tracção às seis rodas para anunciar 0 a 100 km/h em apenas 7,4 segundos. Um valor que pode ser interessante, tanto mais que o 6×6 pesa “só” 4 toneladas, mas não no Mónaco, onde até 7,4 km/h, em algumas ocasiões e locais, já é uma velocidade difícil de atingir.

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