A edição de 2017 do Pixels Camp arrancou esta quinta-feira no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. Este ano há novidades: uma criptomoeda (moeda digital), zonas de campismo, mais parceiros e mais participantes. “É cada vez mais o evento que agrega talento das empresas tecnológicas”, explica Celso Martinho, o presidente executivo da Bright Pixels ao Observador.
Celso Martinho foi a primeira pessoa a pisar o palco principal do Pixels Camp – um dos cinco palcos desta edição. “Demos um grande salto este ano”, garante. Em 2017 estão registados cerca de 1250 participantes (mais 250 que na última edição).
Ao longo dos próximos três dias, os participantes vão poder interagir com 16 parceiros e trabalhar em conjunto nas apresentações dos projetos. À Bright Pixel e à Beta-i juntam-se empresas como a Microsoft, Sonae, NOS, Siemens, Amazon, Google e Cisco. “É bom ver que os principais projetos digitais fazem parte desta edição”, diz Celso.
Este ano, o Pixels Camp faz jus ao nome: os participantes vão poder acampar literalmente em “salas fechadas para o efeito, com camas, sacos cama e uma infraestrutura preparada”.
O tema principal continua a ser o Hackathon – o concurso de programação de 48 horas que “é uma parte importante do Pixels Camp. Todos os participantes são aconselhados a juntar uma equipa e a trabalhar com ela. A participação é o que faz do Pixels Camp espetacular”.
Mas há uma novidade nesta edição e a pista está no cartaz: “To The Moon” é um termo utilizado pela comunidade digital sempre que é lançada uma nova moeda digital. “Sem limites”, por outras palavras. E o Pixels Camp vai ter a sua própria moeda – e vai desempenhar um importante papel na seleção dos 10 projetos vencedores.
O modelo de blockchain — no qual assenta a transação de moedas digitais — vem “substituir o anterior método de seleção (um júri e voto popular)”. Todos os participantes “terão um saldo, poderão investir nos projetos que lhes interessem, e receber investimento nos seus”, esclarece Celso.
Blockchain. Esta máquina do dinheiro vai ser maior do que a Internet?
O objetivo é testar “as dinâmicas do mercado real” em projetos “inovadores”. É a moda da realidade aumentada adaptada à moeda digital, pode-se dizer.
O Pixels Camp decorre até sábado, dia 30. Para esta edição já não há vagas, sendo que os participantes são todos escolhidos previamente através de um processo de candidatura. Contudo, todas as palestras e seminários serão transmitidas em streaming.