Há cada vez mais pessoas a pedir o tratamento cirúrgico da obesidade. O número de intervenções tem vindo a aumentar este ano, mas há menos hospitais a fazer cirurgias do género. A notícia é do JN, que adianta que a lista de espera para o tratamento aumentou 10% só este ano. Em casos extremos, um doente pode esperar até 3 anos.

De acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde, a ACSS, até 30 de junho deste ano havia 1672 pessoas a aguardar intervenção cirúrgica. No final de 2016 esse número era de 1572 doentes.

O JN avança que, a 31 de julho, e contabilizando os centros de tratamento indicados pela Direção Geral de Saúde, o número de utentes sem prioridade que estava em espera era de 1827, de acordo com dados do Serviço Nacional de Saúde que podem ser encontrados no portal para consulta de tempos de espera.

Apesar do aumento da procura por este tipo de intervenção, o número de hospitais que realizam as cirurgias diminuiu “porque não tiveram apoio do Estado”, disse o presidente da Adexo, a Associação de doentes obesos de Portugal, Carlos Oliveira, ao JN.

Contudo, o Governo anunciou um programa de 12 milhões de euros o ano passado que permitiu a reintrodução da especialidade de tratamento cirúrgico em hospitais do SNS, algo que tinha sido descontinuado em 2012. Por sua vez, o número de intervenções aumentou em comparação com os dois anos anteriores: até junho deste ano foram 855 pacientes, mais 137 do que em 2015, pela mesma altura. Espera-se ainda que até final do ano se realizem duas mil operações.

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