Os “fogos que vêm de Portugal”, que saltaram o Rio Minho pela primeira vez, contribuíram para o alastrar dos incêndios na Galiza, a par das condições meteorológicas adversas. Já morreram quatro pessoas na Galiza, como resultado dos incêndios, e o presidente da “xunta da Galicia”, Alberto Núñez Feijóo, fala nas “piores condições que se viveram na última década”, sem chuva desde o verão.

O autarca galego adiantou, citado pela imprensa espanhola, transmitiu à ministra da Agricultura, Isabel García Tejerina, preocupação por Portugal não conseguir conter o “descontrolo” dos incêndios nas zonas próximas do Rio Minho, fronteira com Espanha. “Pela primeira vez, os fogos saltaram o rio Minho e atingiam as zonas de As Neves, Salvaterra [do Miño], Porriño e outros locais”, afirmou o presidente da “Xunta”, citado pela agência noticiosa EFE.

O vice-presidente da Junta galega, Alfonso Rueda, também já tinha insistido na tese do “descontrolo” em Portugal, segundo o El Diário.es.

Na Galiza, a situação é “complexa” e de “limite”. Já morreram quatro pessoas, segundo o El País. Feijóo garantiu que irá castigar os “incendiários homicidas” que estarão a provocar alguns destes fogos, que encontram terreno fértil por causa da “seca persistente”.

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“É gente que sabe o que tem de queimar, como tem de queimar e em que lugares”, lamentou Feijóo.

O chefe do governo, Mariano Rajoy, está na Galiza (Vigo) e participou esta manhã num minuto de silêncio pelas (até agora) quatro vítimas espanholas.