O treinador português do Manchester United quer garantir a qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol o mais rápido possível, mas admitiu esta terça-feira que seria positivo empatar no Estádio da Luz frente ao Benfica.

O nosso objetivo é qualificar-nos. Se conseguirmos a qualificação antes do último jogo o objetivo passa por acabar em primeiro. Nesse contexto, um ponto fora de casa contra a equipa mais forte das três [Benfica, CSKA Msocovo e Basileia] é um resultado positivo”, começou por exprimir José Mourinho, acrescentando que “analisando só o jogo quer tentar ganhar”.

Privado de quatro nomes de peso do plantel, Zlatan Ibrahimovic, Marouane Fellani, Michael Carrick e Paul Pogba, todos devido a lesão, Mourinho não quis adiantar um ou outro jogador que vai lançar de início, na quarta-feira, lembrando que o Benfica ainda “pode ser primeiro com 12 pontos” do Grupo A, mas reconheceu, por outro lado, que têm “obrigatoriamente que somar pontos” frente à sua equipa.

O técnico português, que iniciou a carreira de treinador principal precisamente no comando dos encarnados, na temporada 2000/2001, falava em conferência de imprensa de antevisão à terceira jornada da ‘Champions’, em que abordou também os diversos sistemas que o agora treinador das ‘águias’, Rui Vitória, já experimentou.

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A estratégia que o Rui vai adotar não sei. Estudei o melhor possível o Benfica. O Rui já fez coisas tão diferentes na Liga dos Campeões, com dois médios, três médios, com o Pizzi mais descaído na direita, já fez coisas diferentes. Conheço todas, a não ser que ele faça algo que ainda não tenha feito”, lembrou.

Contudo, Mourinho, que conta com antigos jogadores ‘encarnados’ na equipa, o sueco Lindelof e o sérvio Matic, sublinhou que os ‘red devils’ “vão pensar apenas no seu jogo, tentar conseguir um bom resultado e esconder as fragilidades”.

Por fim, o treinador dos segundos classificados da Liga Inglesa pôs fim aos rumores que apontam a sua saída do clube inglês.

A única coisa que afirmei e não quero uma má interpretação das minhas palavras é que não vou terminar a minha carreira no Manchester United. É impossível para nós, com todo o trabalho, com toda a pressão, é impossível durar tanto tempo. Ficar aqui 15 anos é uma missão impossível e o Arséne Wenger [treinador do Arsenal] será o último a fazê-lo. Não assinei contrato e não estou a apensar em sair”, concluiu.

O internacional inglês Ashley Young também compareceu na conferência de antevisão e concordou com as palavras do técnico, afirmando igualmente que “vai ser um jogo duro e difícil”, recordando que o Benfica “não ganhou os últimos quatro campeonatos por acaso”.

Quanto à nova posição que ocupa no onze montado por José Mourinho – depois ter sido várias épocas um extremo puro passou a jogar a lateral -, Ashley disse que um futebolista tem que jogar na posição que o treinador pedir e confessou que ainda tem a ambição de voltar à seleção inglesa.

Penso que enquanto jogador profissional tenho que ser versátil. Tenho que me ajustar a esta realidade. Gosto muito de jogar a lateral e dou tudo aquilo que tenho nos jogos. Claro que um jogador tem sempre e ambição de representar o seu país. Sempre disse que é uma honra, adoraria voltar e se for chamado à seleção vou ficar muito grato”, terminou.

O Benfica, último classificado do grupo A, com duas derrotas em dois jogos, recebe o líder Manchester United, que tem seis pontos, no Estádio da Luz, pelas 19:45, num jogo que será dirigido pelo alemão Felix Zwayer.