Histórica marca britânica de pequenos desportivos, a Lotus foi recentemente comprada pelos chineses da Geely, os quais, logo aquando da aquisição, prometeram recolocar a marca fundada em 1952, pelo britânico Colin Chapman, no seu merecido lugar. Como? Através do investimento em novos produtos e na construção de uma gama mais alargada, a qual, sabe-se agora, passará pelo lançamento daquele que será o primeiro SUV na história do construtor sedeado em Hethel, na região de Norfolk, Inglaterra.

Numa altura em que praticamente já não há construtor automóvel que não tenha, pelo menos, um modelo daquela que é a mais recente moda na indústria automóvel, também a Lotus promete assim seguir a mais forte tendência do momento, procurando aproveitar o filão SUV e crossover que tão bons lucros está a dar a muitos fabricantes.

Agora já com arcaboiço financeiro para se aventurar em novos projectos, ou não fossem os também donos da Volvo um dos maiores grupos automóveis chineses, o histórico fabricante britânico parece ter assim retomado uma ideia que chegou a apresentar, no Salão de Paris de 2006, e que o seu CEO, Jean-Marc Gales, admitiu, já em 2015, não ter ainda morrido completamente. Sendo que, agora, é o site chinês PCAuto, que surge com os primeiros desenhos do futuro SUV que, segundo a mesma publicação, integrarão o pedido de registo de patente.

Recorde-se que a Lotus já havia admitido o desejo de vir a desenvolver um SUV capaz de fazer frente ao Porsche Cayenne. E tal como o modelo alemão exibe muitas soluções estéticas importadas do incontornável 911, também o crossover da Lotus promete vir a adoptar uma imagem que não esconderá as semelhanças com o icónico Elise. Como acontece, segundo os desenhos agora publicados, com a traseira do futuro modelo, onde os farolins redondos e o terminar em forma de cunha replicam a traseira do pequeno desportivo.

Embora ainda a alguma distância da concretização (pelo menos, quatro anos) a verdade é que o facto de a Lotus pertencer hoje em dia à Geely poderá permitir, inclusivamente, o aproveitamento de algumas soluções e tecnologias já estreadas, por exemplo, na Volvo. Marca sueca cuja experiência em construir SUV e crossovers é por demais conhecida e reconhecida.

Tudo indica que o fabrico deste novo modelo poderá vir a ser levado a cabo não em Hethel, mas numa das fábricas da Geely na China, onde os custos de produção serão baixos. Até porque, apesar do forte investimento que o grupo chinês tem previsto fazer na Lotus, este terá de ser direccionado igualmente para o desenvolvimento de uma nova geração do Elise. A qual, além de estar incumbida de estrear a nova plataforma em alumínio que servirá de base também ao futuro Exige, estará também em estado mais avançado de desenvolvimento, sendo aguardada já para 2020.

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