Revelado ao público esta semana em Nova Iorque, o Lotus Emeya promete imiscuir-se na guerra pela liderança entre as berlinas eléctricas desportivas, do Tesla Model S Plaid ao Lucid Air Grand Touring, passando pelo Porsche Taycan Turbo S. A batalha tem sido algo desigual, com o Plaid (1020 cv) a revelar-se o mais rápido, seguido de perto pelo Grand Touring (1050 cv), o que os deixa a uma distância considerável do Turbo S (760 cv), com o Porsche a surgir como o mais “fraquinho” do lote. Mas os três modelos têm agora que passar a contar com mais um adversário, o novo Lotus Emeya, que possui trunfos na manga.

A Lotus, como uma das marcas dos chineses da Geely – os mesmos que possuem a Volvo, a Polestar e são os maiores accionistas da Mercedes, além de controlarem 50% da Smart, a meias este construtor alemão –, tem acesso ao banco de órgãos do consórcio liderado por Li Shufu. Daí que não seja uma surpresa que o Emeya esteja assente na Electric Premium Architecture (EPA), que por sua vez deriva da mais popular e barata SEA (Sustainable Experience Architecture), plataforma igualmente específica para modelos eléctricos alimentados por bateria, mas de gama média.

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O Emeya assume-se como uma berlina de quatro portas com linhas fluídas, para optimizar a aerodinâmica. Aloja no seu interior um pack de baterias com uma capacidade de 102 kWh, que consegue recarregar a 350 kW, para percorrer 600 km. Isto segundo o método norte-americano EPA, pelo que o valor deverá ser ligeiramente mais elevado, de acordo com o protocolo europeu WLTP.

Ao serviço da berlina da Lotus estão dois motores eléctricos que somam 905 cv e empurram o modelo até aos 100 km/h em apenas 2,8 segundos, estando limitado electronicamente a 256 km/h. De acordo com a Lotus, o sistema que utiliza garante a distribuição de potência pelas quatro rodas, possuindo modos de condução que optimizam o desempenho em determinadas situações, um deles vocacionado para pista, associado à suspensão ajustável e à asa e difusor activo, o que permite adaptar a aerodinâmica ao tipo de utilização escolhido pelo condutor.

O Emeya vai começar a ser fabricado em 2024, na China, estando previsto atingir o ritmo de produção de cruzeiro em 2025, ano que deverá chegar na quantidade necessária à Europa e aos EUA.

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