Carl Sargeant, até recentemente ministro do governo do País de Gales, foi encontrado morto esta terça-feira, em casa, dias depois de ser suspenso de funções acusado de assédio sexual. O político estava a ser investigado por “um conjunto de incidentes” envolvendo assédio a mulheres, que o acusaram de conduta imprópria. Carl Sargeant, que morreu aos 49 anos, tinha pedido uma investigação independente para “limpar o nome”.
Segundo o The Telegraph, Carl Sargeant, casado e pai de dois filhos, foi encontrado morto na sua casa em Connah’s Quay, no norte do País de Gales. A investigação do Partido Trabalhista foi anunciada na passada sexta-feira, depois de várias mulheres o terem acusado de conduta imprópria.
O líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, já lamentou a “terrível notícia” da morte de Sargeant, que o The Telegraph atribuiu a um suicídio.
I'm deeply shocked to hear of the terrible news about Carl Sargeant. My thoughts and profound sympathy are with his family and friends.
— Jeremy Corbyn (@jeremycorbyn) November 7, 2017
Foi o primeiro-ministro do governo de Gales, Carwyn Jones, que confirmou, na passada sexta-feira, que Sargeant estava a ser investigado por “um conjunto de incidentes” envolvendo assédio sexual a mulheres, que o acusaram de conduta imprópria. Sargeant respondeu às acusações considerando-as “chocantes e perturbadoras”, garantindo que iria fazer tudo para “limpar o nome”.
A polícia não confirma a causa da morte mas a família já veio confirmar o óbito: “Carl era um marido muito amado, um pai e um amigo. Não era apenas parte da nossa família, era a cola que nos juntava a todos. Era o coração da nossa família”, comunicou a família, pedindo privacidade.
Este é mais um caso envolvendo assédio sexual no Reino Unido, depois da demissão do ministro da Defesa britânico Michael Fallon. Inicialmente pensava-se que a razão era ter alegadamente assediado uma jornalista há 15 anos, mas surgiu mais tarde a informação de que terá feito comentários impróprios a Andrea Leadsom, outra ministra do governo de Theresa May.
A verdadeira razão da demissão: “Eu sei onde pode colocar as mãos para as aquecer”