A bolsa nova-iorquina tornou a fechar esta segunda-feira com os seus índices mais emblemáticos em níveis recorde, com as cotações apoiadas nos anúncios de vários projetos de fusões e no comportamento do setor energético.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average valorizou 0,04% (9,23 pontos), para as 23.548,42 unidades, e o Nasdaq 0,33% (22,00), para as 6.786,44. Da mesma forma, o alargado S&P500 ganhou 0,13% (3,29), para os 2.591,13 pontos.

Um dos anúncios de fusões empresariais, que agitou os investidores, foi o da oferta, não solicitada, de compra feita pelo grupo de semicondutores sobre o seu concorrente norte-americano Qualcomm, que é um dos fornecedores da Apple, por 130 mil milhões de dólares (112 mil milhões de euros), o que representaria “o maior acordo da história do setor tecnológico”, segundo os analistas da Schwab.

Depois, as negociações entre a 21st Century Fox e Disney, com o objetivo de ceder o controlo da primeira à segunda, segundo a imprensa norte-americana, provocou a subida das cotações das duas empresas.

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Os anúncios de segunda-feira “ajudam a manter o otimismo sobre os projetos de fusões e aquisições”, notou Karl Haeling, da LBBW.

Ao contrário, os investidores foram abalados pela forte queda da Sprint (11,54%), depois do abandono do projeto de fusão com a concorrente T-Mobile, que perdeu 5,72%, respetivamente os terceiro e quarto operadores norte-americanos, que pesam fortemente sobre o subíndice das telecomunicações no S&P500, que fechou com perdas de 2,44%).

Pouco depois deste anúncio, a Sprint oficializou uma parceria com a Altice USA, que fechou com ganhos de 5,84%, a qual vai utilizar a rede de telecomunicações do operador para comercializar os seus serviços móveis.

O setor energético também contribuiu em muito para o bom desempenho de Wall Street.

O subíndice que junta os valores do setor da energia no S&P500 valorizou assim 2,20%, que foi, de longe, a maior progressão dos 11 subconjuntos setoriais que integram este índice alargado.

O preço do petróleo norte-americano atingiu níveis inéditos desde há mais de dois anos, sob o efeito da detenção de príncipes, ministros e empresários, por ordem do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.