O Conselho Nacional do Partido Democrático Republicano reúne-se sábado para votar uma moção para destituir Marinho e Pinto de presidente, considerando o responsável pelo órgão que o partido se está a desmoronar e que falta democracia interna.

Em comunicado enviado esta quarta-feira às redações, o presidente do Conselho Nacional do PDR, Sérgio Passos, deu nota da reunião extraordinária do órgão que lidera, agendada para sábado, e que tem na ordem de trabalhos a “discussão e votação da moção de destituição do Presidente do Partido Democrático Republicano, Dr. António Marinho e Pinto”.

Contactado pela agência Lusa, Sérgio Passos – que apresentou esta moção – criticou o facto de o partido funcionar “de acordo com o querer e a vontade Marinho e Pinto”, considerando que “a falta de atividade e de dinâmica do partido tem conduzido ao seu desmoronamento”.

O presidente do Conselho Nacional do PDR quer “restituir o partido às bases e repor a democracia interna” que neste momento falha.

De acordo com Sérgio Passos, para esta moção ser aprovada é necessária uma maioria de dois terços dos membros do Conselho Nacional em efetividade de funções.

“Neste momento só estão em efetividade de funções 13 dos 25 membros do Conselho Nacional. Isto é o estado geral do partido”, lamentou.

O que está em causa, segundo o presidente do Conselho Nacional, é o “incumprimento” de Marinho e Pinto em relação à “liberdade democrática do partido” uma vez que no Conselho Nacional de abril deste ano, por indicação do próprio presidente, “foi aprovada a realização de uma assembleia geral de filiados” – aquilo que noutros partidos é designado o congresso – para 27 de maio de 2017

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“O presidente ficou incumbido de realizar esse mesmo congresso. Passada essa data, o presidente não promoveu a realização do congresso. A partir daí, Marinho e Pinto tem insistido na não marcação e não cumprimento”, criticou.

O PDR, que foi fundado em 2014 e se estreou nas eleições autárquicas de 1 de outubro, elegeu um deputado em Arcos de Valdevez (Viana do Castelo) e foi a terceira força política em Amarante (Porto).

Os resultados em Amarante e Arcos de Valdevez devem-se, segundo o líder do PDR, Marinho e Pinto, aos “nomes dos candidatos, que credibilizaram o projeto político e contribuíram para os resultados.

Em todo o país, o PDR alcançou 0,05% ou 2.799 votos.

“Os resultados não me satisfazem. Poderíamos ter obtido melhor votação e vamos trabalhar para isso, mas confrontámo-nos com dificuldades em muitos concelhos porque a comunicação social não divulgava as nossas iniciativas”, afirmou Marinho e Pinto a 2 de outubro.