A ex-Presidente argentina Cristina Kirchner rejeitou esta quinta-feira as acusações judiciais de crimes económicos alegadamente cometidos aquando do exercício do cargo, no período de 2007 a 2015.
Em texto entregue na Justiça e difundido pela ex-Presidente nas redes sociais mais tarde, Cristina Kirchner negou as práticas que lhe são imputadas de branqueamento de capitais e pagamento de subornos num caso que envolve um hotel da família de um antigo dirigente da esquerda argentina, na Patagónia, no sul do país.
Recentemente eleita senadora, o que não permite a prisão em caso de condenação, Cristina Kirchner requereu ao juiz Julian Ercolini a suspensão do processo, com o fundamento que, em “sete decisões judiciais, pelo menos, foram analisados os factos e qualquer atividade ilegal foi descartada”.
A ex-Presidente vincou que deseja “evitar o ‘show’ mediático” e pediu aos apoiantes para não se reunirem em frente ao tribunal, como a 1 de novembro, em ação de apoio.
Convocada para comparecer quinta-feira em tribunal, Kirchner chegou uma hora e meia antes da convocatória e, após ter entregue o texto, não respondeu a qualquer pergunta, num processo em que os filhos Maximo, de 40 anos, e Florência, de 27, são testemunhas.
“É um novo capítulo da perseguição judicial ordenado pelo Presidente Maurício Macri”, que sucedeu a Kirchner no final de 2015, denunciou Florência na rede social Twitter.
Vários membros do Governo Kirchner foram detidos por acusações de corrupção nas últimas semanas, incluindo Julio De Vido, ex-ministro do Planeamento, e Amado Boudou, vice-Presidente de 2011 a 2015.