Dois dias depois de um estudo ter revelado que a Apple reduz o desempenho dos iPhones 6S e 7, a empresa, que confirmou a notícia, está a ser processada por dois residentes do estado norte-americano da Califórnia por ter “abrandado os seus iPhones” sem o seu consentimento, noticia a CNBC.
Stefan Bogdanovich e Dakota Speas, ambos proprietários de um iPhone 7 (que foi lançado há pouco mais de um ano), afirmam que “sofreram interferências no uso dos iPhones devido às reduções [de desempenho] intencionais”, alegando ainda terem sofrido “danos económicos e outros males pelos quais estão intitulados a ser compensados.”
Bogdanovich e Speas querem também certificar o caso para que possa abranger todas as pessoas nos Estados Unidos da América que sejam ou tenham sido donos de um iPhone mais antigo do que o 8, que saiu em setembro deste ano.
O estudo, lançado na quarta-feira, revela que os iPhones 6s e 7 ficavam mais lentos quão mais recente fosse o iOS (sistema operativo) que tivessem instalado. A redução de performance, segundo o estudo, deve-se ao facto de a Apple introduzir uma mudança no sistema que limita o desempenho quando a bateria começa a piorar.
Esta alteração no sistema foi confirmada pela Apple, que disse ter introduzido algoritmos nos iPhones 6, 6S e SE para otimizar a performance dos smartphones quando as baterias são mais velhas e não conseguem aguentar com as exigências dos sistemas operativos mais recentes. Segundo a Apple, o objetivo, além de manter os iPhones no standard mais alto possível, é impedir que estes se possam desligar de forma inesperada.
Juntamente com a revelação das alterações propositadas à performance dos aparelhos veio o debate sobre se a Apple reduz a performance de iPhones mais antigos perto do lançamento de novos modelos com o objetivo de aumentar o número de vendas.
Apple reduz desempenho dos iPhones propositadamente, revela estudo