George Weah foi esta quarta-feira eleito o novo presidente da Libéria. O antigo jogador de futebol venceu em 12 dos 15 distritos do país africano e sucede a Ellen Johnson-Sirleaf, a primeira mulher africana a ser eleita chefe de Estado, em 2005. Weah venceu o duelo com Joseph Boakai, o vice-presidente do país nos últimos 12 anos. Com 98.1% dos resultados contados, Weah já conquistou 61.5% dos votos.

Weah já reagiu no Twitter, onde agradeceu “com profunda emoção ao povo liberiano pela honra do seu voto. É uma grande esperança”.

O antigo jogador de futebol já se tinha candidatado à presidência da Libéria, em 2005, tendo então perdido para Ellen Johnson-Sirleaf. Mais tarde, apoiou o partido Congresso para a Mudança Democrática nas eleições para o senado em 2009, foi candidato (derrotado) a vice-presidente do país em 2011 e acabou por ser eleito senador do condado de Montserrado em 2014.

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George Weah, agora com 51 anos, passou pelo Mónaco, PSG, Milan, Chelsea, Manchester City e Marselha. Venceu a Bola de Ouro em 1995, enquanto jogador do Milan, numa época em que ganhou a Serie A e marcou 15 golos pelos italianos. Terminou a carreira em 2003, depois de uma passagem pelo Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos.

Numa primeira análise, a ligação de Weah a Portugal é nula. Mas há um português que nunca se vai esquecer dele: e não é pelos melhores motivos. Em 1996, no fim do empate a uma bola entre FC Porto e Milan nas Antas, a contar para a Liga dos Campeões, George Weah deu uma cabeçada a Jorge Costa já no túnel de acesso aos balneários. O liberiano acusou o português de insultos racistas mas a alegação nunca foi provada, nem sequer pelos outros jogadores do Milan. Weah foi suspenso durante seis jogos, Jorge Costa teve de ser submetido a uma cirurgia ao nariz e esteve de fora três semanas. No mesmo ano, o liberiano venceu o prémio Fair Play da FIFA.

Weah, o ex-vendedor de donuts e telefonista que foi Bola de Ouro e chega a presidente da Libéria