“Não há uma única prova contra ele. É tudo calúnia. Está claro?”. Esta foi a resposta que Papa Francisco deu na passada quinta-feira, durante a viagem ao Chile, quando um jornalista da rádio Bio Bio o questionou sobre as acusações contra o bispo chileno Juan Barros, uma resposta que lhe custou várias críticas. O Papa Francisco veio agora pedir desculpa às vítimas de abuso sexual pelo que disse.

Em declarações aos jornalistas que o acompanharam esta madrugada no voo do regresso a Roma — depois de uma viagem ao Chile entre 15 e 18 de janeiro –, o Papa reconheceu que “a palavra ‘prova’ feriu” e que a sua “expressão que não foi feliz”, acrescentando que não tinha intenção de as magoar: “Peço desculpa se as feri, sem me aperceber, sem o querer”.

O drama dos abusados é tremendo. O que é que sentem as vítimas? Tenho de pedir-lhes desculpa, porque a palavra ‘prova’ feriu. A minha expressão não foi feliz. Peço desculpa se as feri, sem me aperceber, sem o querer. Dói-me muito”, disse o Papa.

Uma das críticas veio de um dos principais conselheiros do Papa, o cardeal de Boston Sean O’Malley, que considerou que o comentário foi “uma fonte de grande dor para os que foram vítimas de abuso sexual por parte de membros da Igreja ou de qualquer outro abusador“.

Cardeal de topo repreende Papa Francisco por desvalorizar abusos na Igreja

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