Foi oficialmente apresentado o novo Classe A, modelo que aporta uma série de melhorias, mas que se destaca sobretudo pela tecnologia que disponibiliza e que está a um nível que não é habitual neste segmento. Mas, já lá vamos.

A primeira evolução, face à geração anterior, descobre-se de fita métrica na mão. O compacto da estrela acusa um ligeiro crescimento, de 14 mm no comprimento e de 30 mm na distância entre eixos, o que significa que passa a oferecer uma melhor habitabilidade, com os ocupantes agora a usufruírem de mais espaço ao nível dos ombros e da cabeça.

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O acréscimo de dimensões também se reflecte na volumetria da mala, o que se agradece, sobretudo quando se trata de uma compra destinada a desempenhar a missão de ‘carro da família’. Aos anteriores 341 litros de capacidade da bagageira somam-se agora mais 29, mas um porta-bagagens de 370 litros ainda não dá tão bem conta do recado, na hora de arrumar a tralha, como os 380 litros de um Golf, os 434 litros de um Mégane ou os 590 litros de um Skoda Octavia…

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Em contrapartida, o Classe A posiciona-se como o “último grito”, em termos de tecnologia, no segmento C. Traduzindo, nenhum outro rival oferece aquilo que a Mercedes designa de MBUX. O nome (na verdade) pouco interessa, o que interessa é que se trata de um novo sistema multimédia, que é uma estreia na marca e está associado ao painel de instrumentos digital. Há três versões: uma em que cada um dos ecrãs tem 7 polegadas; outra que aumenta um dos ecrãs para 10,25”, e a de topo, que recorre a dois displays de 10,25”, fazendo com que o tablier pareça ser rasgado por um enorme ecrã, o qual é operável via toque ou ser comandado por voz, pagando um pouco mais por isso, neste último caso. Funciona assim:

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Mas se a componente digital salta à vista, outras tecnologias existem que não perceptíveis, a menos que se assumam os comandos do novo Classe A, pois é ao volante que se descobre que o compacto germânico incorpora sistemas de assistência à condução disponíveis não numa, mas duas classes acima. Por exemplo, o cruise control adaptativo que “migra” do Classe S e que, também no A, é capaz de ajustar automaticamente a velocidade antes de curvas, rotundas ou cruzamentos.

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Como motorizações, são três as novidades, no lançamento, duas a gasolina e uma a gasóleo. No primeiro caso, a Mercedes passa a dispor de um novo 1.4 turbo de quatro cilindros, o A 200, com 163 cv e 250 Nm, associado a uma caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades (consumo combinado de 5,1 l/100 km e emissões de 120 g/km), ou a uma transmissão manual de seis relações. Neste caso, elevando o consumo em ciclo misto para 5,6 l/100 km e as emissões de CO2 para 133 g/km. Já o 2 litros A 250 oferece 224 cv e 350 Nm, para um consumo combinado de 6,0 l/100 km e emissões de CO2 de 141 g/km. Finalmente, o 1,5 litros diesel A 180 está, tal como o A 250, acoplado à caixa automática de sete velocidades e dupla embraiagem, com este quatro cilindros de 116 cv e 260 Nm a ser o mais poupado da oferta para já disponível. A tecnologia AdBlue, o turbocompressor melhorado, o intercooler por arrefecimento líquido e o peso reduzido permitem-lhe anunciar consumos de 4,1 l/100 km, enquanto as emissões se fixam nas 108 g/km.

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O novo hatchback está disponível de série com tracção dianteira, mas pode recorrer opcionalmente aos serviços do sistema de tracção integral 4Matic. Para além disso, a suspensão foi revista, visando o incremento do conforto, sendo que pode tornar-se ainda mais eficaz caso o cliente opte por amortecedores capazes de se ajustar, por controlo electrónico, ao modo de condução seleccionado. Ainda no domínio dos opcionais, é possível substituir os faróis por versões de LED Multibeam.

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O novo Classe A chega à Europa ainda este ano. A fábrica alemã de Rastatt vai arrancar com a produção, sendo depois seguida pelas linhas da Hungria, Finlândia, México e China.

Segundo a marca, a actual família de modelos à volta do A vai passar dos actuais cinco modelos (Classe A, Classe B, CLA, CLA Shooting Brake e GLA) para oito. Quais e quando, a Mercedes não diz, limitando-se a dizer que será “no futuro”.

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