A bolsa nova-iorquina encerrou esta terça-feira em baixa, depois de uma queda no final da sessão, com a descida do gigante da distribuição Walmart a afetar particularmente o emblemático índice Dow Jones Industrial Average.
Os resultados definitivos da sessão indicam que este índice recuou 1,01% (254,63 pontos), para as 24.964,75 unidades, ao passo que o Nasdaq teve uma escassa desvalorização de 0,07% (5,16), para as 7.234,31.
O índice alargado S&P500 recuou 0,58% (15,96), para os 2.716,26 pontos e, à semelhança do Dow Jones, colocou assim fim a uma série de seis sessões consecutivas de alta.
Depois das fortes convulsões no início do mês e da clara recuperação dos índices na semana passada, “os investidores interrogam-se sobre até onde o mercado pode descer, pelo que, neste contexto, não é de espantar ver movimentos um pouco erráticos, movimentos de consolidação”, considerou Karl Haeling, de LBBW.
A baixa das cotações no final do dia não foi provocada por um acontecimento particular, mas corresponde a uma vontade de reduzir os riscos.
A bolsa nova-iorquina, em todo o caso, esteve sob pressão desde o início da sessão devido às perdas abissais da Walmart, que desvalorizou 10,18%, por ter dececionado os investidores, ao divulgar uma acentuada diminuição das suas vendas em linha durante o período das festas de final de ano.
Esta foi a sua descida mais acentuada desde janeiro de 1988.
O Nasdaq, por seu lado, foi apoiado durante boa parte da sessão pela progressão de vários grupos especializados na produção de semicondutores, como a Nvidia, que avançou 2,15%, ou a Skyworks (2,21%).
O facto de os índices não terem seguido todos sistematicamente a mesma tendência é “uma boa notícia”, segundo Art Hogan, de Wunderlich Securities.
“Depois de uma queda rápida dos índices no início do mês, seguida de uma recuperação também rápida, os investidores procuram agora reequilibrar as suas posições”, justificou.
“E, para isso, baseiam-se nos fundamentais das empresas ou de um setor, e não sobre um único sentimento unânime de aversão ou apetite pelo risco”, estimou este especialista.