Os portistas, 53.280 minutos depois da interrupção do encontro (a 15 de janeiro) devido a uma bancada que ameaçava ruir, tinha apenas 45 para anular a vantagem do Estoril. Então, em janeiro, Eduardo Teixeira, de livre, um livre na “gaveta”, colocou os estorilistas em vantagem logo ao minuto 17. Era preciso acossar a baliza de Renan. E o FC Porto acossou-a desde o primeiro instante. A pressão para recuperar a bola era intensa e o remate sempre pronto.

Logo ao minuto 50, Soares isola-se à esquerda, cruza para a pequena área e Herrera remata de primeira. Renan estica-se a bem esticar sobre o relvado e faz uma defesa (o remate foi à queima-roupa) quase miraculosa na Amoreira.

Volvidos dois minutos, chegaria o golo portista e o empate. Livre à esquerda, Alex Telles cruza para a grande área, o FC Porto tinha pelo menos quatro jogadores (um deles, Soares, com intervenção no lance, procurando o brasileiro um evidente desvio de cabeça) em fora-de-jogo, e a bola cruzada pelo lateral acaba por entrar diretamente na baliza, traindo Renan. Vasco Santos consultou o VAR, esperou, esperou, esperou, e validaria o golo.

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Estoril-FC Porto, 1-3 *

Ligas NOS 2017/18, Jornada 18

Estádio António Coimbra da Mota, na Amoreira

Árbitro: Vasco Santos (AF Porto)

Estoril: Renan; Mano, Kyrakou (Matheus Índio, 71’), Halliche, Pedro Monteiro e Abner, Pêpê, Eduardo Teixeira, Allano e Lucas Envagelista; Victor Andrade

Suplentes não utilizados: Moreira, Lucão, Duarte Valente e Jorman

[Em relação ao encontro de 15 de janeiro saem do onze do Estoril: Joel Ferreira, Wesley Dias e Bruno Gomes]

Treinador: Ivo Vieira

FC Porto: Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Marcano e Alex Telles (Diogo Dalot, 58’); Sérgio Oliveira, Herrera, Corona (Hernâni, 77’) e Brahimi (André André, 86’); Marega e Soares

Suplentes não utilizados: Vaná, Óliver Torres e Otávio

[Em relação ao encontro de 15 de janeiro saem do onze portista: José Sá, Diego Reyes, Ricardo Pereira, Layún, Danilo Pereira e Aboubakar]

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Eduardo Teixeira (17’), Alex Telles (52’) e Soares (59’; 67’)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Reyes (16’), Renan (42’), Brahimi (70’) e Victor Andrade (70’)

* Jogo suspenso ao intervalo, a 15 de janeiro, e retomado a 21 de fevereiro

No FC Porto eram seis as ausências para este encontro: Ricardo Pereira, Danilo e Aboubakar, lesionados; Osorio, Paulinho, Waris e Gonçalo Paciência, impedidos de participar por, reforços que são, terem sido inscritos somente depois de 15 de janeiro. No Estoril eram bem, bem mais: uma dezena.

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O central Dankler, o lateral Ailton, o médio Gonçalo Santos e o avançado Ewandro Costa, titulares nos últimos quatros encontros, e Matheus Savio, nenhum deles poderia ser utilizado por terem sido inscritos após o adiamento do jogo. Tiago Cardoso, Joel, Gonçalo Brandão e Kléber estão lesionados. Fernando Fonseca (que até foi titular no último jogo) está emprestado pelos portistas e o treinador Ivo Vieira não contaria com ele. É tudo verdade, verdadinha.

Como verdade é que o Estoril optou por assumir a partida com um trio de centrais, recuado, sem sombra de ataque, em busca, na pior das hipóteses, de um empate e pontinho. Não conseguiu.

Ao minuto 59, e vindo da direita, Marega remata cruzado na grande área, Renan defende para a frente, a bola defendida chegaria ao mexicano Herrera, Herrera de pronto cruzou e Soares, junto ao poste esquerdo, só precisa de encostar.

Mesmo em vantagem, enfim em vantagem, os portistas não abrandaram o ritmo. Até ao terceiro golo, sete dos 10 remates foram à baliza. Em janeiro, e durante a primeira parte, o FC Porto rematou apenas cinco vezes, somente duas com direção.

Ao minuto 67, Herrera recupera (Abner pediu falta e Vasco Santos deixou seguir; o desarme de Herrera é legal) a bola à direita, cruza para a entrada da grande área e Corona remata. Renan defende… mas defende para a frente. E à “frente” estava Soares, para a recarga e o terceiro. É também o terceiro encontro de seguida em que o brasileiro bisa.

Sérgio Conceição geriu, retirou Brahimi, retirou Corona, mas volta e meia os portistas rematavam (Felipe, de cabeça, ao minuto 74; Marega, ao 79) e Renan, o único do Estoril que veio com vontade de jogar esta quarta à tarde, defendia, defendia tudo. O único remate do Estoril foi a dois minutos do fim.

Victor Andrade chutou na pequena área e Casillas defendeu com o pé esquerdo.