Em fevereiro do ano passado, o Ring valia 460 milhões de dólares, tinha ultrapassado os 100 milhões em vendas e contava com mais de mil colaboradores. Mesmo assim, confrontados num programa especial da ABC News com o sucesso do negócio em que recusaram entrar em 2013, os tubarões de Shark Tank desvalorizaram as perdas.

Já em 2017, informou a voz off, o Ring era a empresa mais bem cotada a ter aparecido em toda a história do programa. “Para que é que vamos estar a chorar sobre o leite derramado se outra grande ideia está prestes a chegar ao Shark Tank?”, desdenhou Kevin O’Leary, o tubarão cuja imagem o empreendedor Jamie Siminoff utilizou, impressa em cartão, para tentar vender a sua empresa.

Na altura em que foi ao programa de televisão norte-americano, pedir um investimento de 700 mil dólares em troca de uma participação de 10% na sua empresa, Siminoff trabalhava numa garagem e ainda chamava DoorBot à startup. Mas o negócio era o mesmo de agora: uma campainha com câmara de vídeo conectável a smartphones que permite ao dono da casa ver e falar com quem lhe está a tocar à porta, independentemente de estar dentro de casa, no trabalho, no restaurante ou de férias nas Bahamas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

https://www.youtube.com/watch?v=YqQblsZgF8M

Se não choraram em 2017, talvez hoje Mark Cuban, Robert Herjavec, Daymond John, Lori Greiner e Kevin O’Leary cedam finalmente às lágrimas. A gigante Amazon anunciou esta terça-feira que comprou a startup, pela módica quantia de mil milhões de euros.

De acordo com analistas citados pela Reuters, a aposta da Amazon no Ring revela uma aposta crescente da empresa na segurança doméstica e na entrega de encomendas aos consumidores online em momentos em que eles não estão sequer em casa, revolução que a empresa já colocou em curso com a Amazon Key, uma fechadura inteligente com câmara que permite aos estafetas entrar em casas desocupadas para deixar compras feitas na internet.

[Veja aqui histórias de negócios rejeitados no Shark Tank, mas que fizeram milhões]

[jwplatform nJGrOT8c]

“A Amazon está a entrar cada vez com mais agressividade no mercado da entrega de mercearias, acreditamos que os dispositivos de segurança inteligentes vão ser um fator determinante para que os utilizadores façam o mesmo”, disse à agência de notícias Colin Sebastian, analista da Robert W. Baird.