O Governo de Moçambique subiu de 1,9 para 2,1 milhões a estimativa do número de pessoas no país que vivem infetadas com VIH, vírus que causa a sida, anunciou a ministra da Saúde, Nazira Abdula. “As estimativas mais recentes indicam que há 2,1 milhões de pessoas em Moçambique vivendo com VIH, dos quais 64% estão conscientes do seu estado “, afirmou a governante na terça-feira, citada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Abdula falava numa reunião do Programa de Controle de Infeções Sexualmente Transmissíveis e VIH/SIDA, que avaliará o nível de implementação da Resposta Acelerada ao VIH no período 2013-2017. O aumento em 200.000 casos estimados relativamente aos dados oficiais de dezembro, que apontavam para 1,9 milhões de pessoas infetadas, pode estar relacionado com um novo apuramento estatístico baseado no censo da população de 2017, admitem as autoridades – a população subiu de 20,8 para 28,8 milhões de habitantes, mais 38% relativamente ao censo de 2007. A estimativa mais recente da prevalência do VIH entre moçambicanos com idade entre 15 e 49 é de 13,2%.

As Nações Unidas definiram com meta alcançar os parâmetros ’90-90-90′ até 2020, ou seja, ter 90% da população com VIH diagnosticada, 90% desta em tratamento e 90% deste grupo a alcançar a supressão viral – ou seja, virtualmente incapaz de propagar a doença.

Segundo Nazira Abdula, em Moçambique estima-se que 64% da população infetada tenha conhecimento do seu estado e que deste grupo só 54% esteja em tratamento antirretroviral. Dados fornecidos à Lusa pelo Conselho Nacional de Combate ao VIH e Sida indicam que menos de 40% da população em tratamento terá alcançado a supressão viral.

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