Um cidadão marroquino que está preso preventivamente em Monsanto foi acusado pelo Ministério Público de 8 crimes ligados ao terrorismo, a favor do Estado Islâmico.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o DCIAP adianta que entre as acusações ao cidadão marroquino estão um crime de adesão a organização terrorista internacional (o Daesh, ou Estado Islâmico), um crime de falsificação com vista ao terrorismo, quatro crimes de uso de documento falso com vista ao financiamento do terrorismo, um crime de recrutamento para terrorismo e um crime de financiamento do terrorismo.

Segundo o mesmo comunicado, o homem terá aderido ao Daesh e depois ter vindo para Portugal, recrutando outros militantes junto ao Centro Português de Refugiados, que aliciou para integrarem a mesma organização terrorista. Um dos cidadãos recrutados terá sido detido em França depois de ter tentado um ataque terrorista no país. Em França, as autoridades emitiram um mandado de detenção europeu para capturar o cidadão que acabou por ser detido em Portugal. Também já estava a  ser feita uma troca de informações entre os países da União Europeia e Cooperação Judiciária Internacional.

Para a obtenção do dinheiro que visava financiar as atividades relacionadas com o terrorismo — levadas a cabo por jovens radicalizados por ele próprio —  o arguido marroquino terá usado cartões de crédito falsos.

Segundo o Expresso, o arguido é Abdessalam Tazi, de 64 anos, terá sido denunciado por três jovens marroquinos que tentou recruta e foi preso na Alemanha no início do verão de 2016, acusado de burla, tendo sido extraditado para Portugal depois de cumprida a pena.

No comunicado, o Ministério Público adianta também que foi ajudada pela Unidade Nacional Contra o Terrorismo da Polícia Judiciária.

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