O Governo português saudou esta quarta-feira o acordo alcançado pelos políticos guineenses que levou à nomeação de um novo primeiro-ministro e à marcação de eleições legislativas, considerando que se trata de um “contributo essencial” para ultrapassar o impasse político.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português referiu que este compromisso representa “um renovado empenho dos atores políticos guineenses” no cumprimento do Acordo de Conacri, respondendo “aos apelos da sociedade guineense e da comunidade internacional”.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, nomeou na segunda-feira o sociólogo Aristides Gomes, 63 anos, primeiro-ministro do país para chefiar um Governo inclusivo, que terá como missão a realização de eleições legislativas, marcadas nesse mesmo dia para 18 de novembro deste ano.
Esta decisão resultou das negociações promovidas pela Comunidade Económica dos Estados da áfrica Ocidental (CEDEAO) para encontrar um mecanismo que pusesse fim definitivo à crise política que afeta a Guiné-Bissau há cerca de três anos.
Aristides Gomes é assim o sétimo primeiro-ministro nomeado por José Mário Vaz, eleito Presidente da Guiné-Bissau em 2014. Sociólogo formado em França, Aristides Gomes, dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que chegou a ser primeiro vice-presidente, vai liderar um Governo que terá a missão de organizar eleições legislativas.
O Governo português referiu que continuará a ser “um parceiro ativo” na cooperação com a Guiné-Bissau e destacou “o empenho da comunidade internacional” para que as eleições de novembro possam ser “mais um passo firme no sentido do regresso à estabilidade político-institucional” no país.