Mais de 130 pessoas encontram-se em prisão preventiva em Moçambique, incluindo 32 estrangeiros, na sequência de ataques armados no norte do país em outubro, atribuídos a um grupo de inspiração islâmica, disse hoje a Procuradora-Geral da República moçambicana.
Beatriz Buchili referiu-se ao ponto de situação do processo relativo ao ataque, ocorrido entre 05 e 07 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, durante a apresentação da sua informação anual na Assembleia da República, em Maputo.
Segundo Beatriz Buchili, o processo está na fase de instrução preparatória e os 133 arguidos encontram-se em prisão preventiva.
Entre os arguidos, incluem-se 32 tanzanianos, acrescentou.
Durante os ataques, cinco agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) foram mortos e seis ficaram gravemente feridos, tendo-se registado danos em edifícios do Estado, viaturas e bens pertencentes a particulares.
Os ataques de outubro na Mocímboa da Praia foram os primeiros atribuídos a grupos de inspiração islâmica em Moçambique.
Incursões de grupos armados, prosseguiu, alastraram-se aos distritos de Palma e Nangade, também em Cabo Delgado, causando, de acordo com a magistrada, vítimas humanas e danos materiais.