O Conselho de Administração da operadora brasileira Oi convocou para esta segunda-feira uma assembleia-geral ordinária de acionistas para aprovar as contas de 2017 e eleger os membros do Conselho Fiscal. O encontro, que decorre no Rio de Janeiro, conta com três pontos na ordem de trabalhos: a aprovação das contas relativas ao exercício de 2017, a fixação da verba global anual de remuneração dos administradores e do Conselho Fiscal e a eleição dos membros do Conselho Fiscal e respetivos suplentes.
Para dia 14 de maio está agendada uma assembleia-geral extraordinária para votar o “relatório da administração e as demonstrações financeiras” do ano passado, bem como a decisão sobre a proposta da direção relativa ao resultado do exercício social. O prejuízo atribuído aos acionistas da Oi passou de 8,0 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros) em 2016 para 6,4 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros) no ano passado.
Por seu lado, a receita líquida total foi de 23,790 mil milhões de reais (5,7 mil milhões de euros), caindo 8,5% face ao ano anterior, que tinha sido de 25,9 mil milhões de reais (6,2 mil milhões de euros). O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também diminuiu 6,8%, de 6,7 mil milhões de reais (1,6 mil milhões de euros) em 2016 para 6,2 mil milhões de reais em 2017 (1,48 mil milhões de euros).
Em sentido inverso, a dívida líquida aumentou 18%, passando de 40,3 mil milhões de reais para 47,6 mil milhões de reais. A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).
O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia. A portuguesa Pharol é acionista de referência da Oi, com 27% das ações. A operadora brasileira esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.