O presidente da ADSE demitiu-se esta segunda-feira, disse fonte do Ministério da Saúde à Lusa. A mesma fonte disse ainda que Carlos Liberato Baptista alegou razões pessoais, que foram aceites pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. Liberato Baptista vai, contudo, continuar em funções até que seja substituído. A notícia foi avançada pelo Público.

Carlos Liberato Baptista ocupava o cargo desde janeiro de 2017 e a renúncia à presidência acontece numa altura em que estavam a decorrer negociações com a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada com o objetivo de reformular a tabela de preços a pagar pela prestação de cuidados de saúde aos beneficiários da ADSE.

Soube-se, na semana passada, que o Governo quer intervir de forma mais ativa na gestão da ADSE e que impôs, por decreto, limites máximos aos preços pagos aos hospitais privados pelos medicamentos, próteses e cirurgias — decisão que foi criticada por alguns membros do conselho geral da ADSE.

Carlos Liberato Baptista começou por assumir, em janeiro de 2015, o cargo de diretor-geral da ADSE, mas só em 2017 foi convidado pelo atual Governo para assumir a presidência do instituto. Entre outros cargos, o até agora presidente da ADSE tinha sido também responsável pela gestão do sistema de saúde dos militares (ADM), secretário-geral da Associação Portuguesa de Segurança Social e vice-presidente da Associação Nacional dos Sistemas de Saúde.

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