Marcelo Rebelo de Sousa diz que “não há comparação” entre a situação vivida pela banca há um ano e hoje. “Houve meses — eu durmo pouco, mas durmo ainda algumas horas — em que dormi um bocadinho menos bem, não porque houvesse riscos na vida dos portugueses, mas porque havia vários nós górdios que era preciso resolver. E estava difícil de resolver”. O Presidente da República prefere, porém, não responder a perguntas sobre o Montepio, defendendo que deve intervir “quem é competente para intervir”.

Argumentando que o Presidente da República “não deve pronunciar-se sobre essa matéria”, na entrevista ao Público e à Rádio Renascença, Marcelo Rebelo de Sousa não faz comentários sobre o Montepio. Mas diz que “vamos esperar para ver” o que vai acontecer no banco que é detido a 100% pela Associação Mutualista Montepio, cujos associados António Costa garantiu que irá “fazer tudo para proteger”.

“Obviamente que o senhor ministro das Finanças tem um papel muito importante, o senhor governador do Banco de Portugal tem um papel muito importante, há várias entidades que são muito
importantes nessa matéria”, adianta Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que “os próprios têm um papel decisivo”. Já “o Presidente da República deve ter o recato de não se pronunciar sobre uma matéria em que não deve fazer nenhum tipo de pronúncia”.