O ministro da Defesa Nacional português vai visitar Angola a partir de segunda e até sexta-feira, estando previstos encontro políticos, visitas a diversas unidades militares e a assinatura do novo Programa-Quadro de Cooperação para 2018-2021. A visita de Azeredo Lopes é a primeira de um governante português depois de ter sido suspensa para reagendamento, a pedido das autoridades angolanas, em janeiro, uma deslocação da ministra da Justiça portuguesa àquele país.

Esta deslocação já estava prevista antes da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, conhecida na quinta-feira, de que o processo do ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, arguido na Operação Fizz, seja enviado para Angola. José Azeredo Lopes vai estar cinco dias em Angola para esta visita, que começa na segunda-feira, em Luanda, com honras militares e um encontro privado entre os ministros da Defesa português e angolano.

Segue-se, às 09:30 de segunda-feira, no Ministério da Defesa Nacional angolano, a 17.ª reunião bilateral luso-angolana no domínio da Defesa, com discursos de ambos os ministros. Na terça-feira, logo de manhã, Azeredo Lopes visita a Escola Superior de Guerra, em Luanda, e à tarde desloca-se à Academia Naval, também na capital angolana. O programa de quarta-feira prossegue com a visita a três projetos locais de Cooperação Técnico-Militar, no Lobito.

No dia seguinte, na quinta-feira, o ministro da Defesa Nacional português desloca-se de manhã à Brigada de Forças Especiais, em Cabo Ledo, estando marcada para a tarde a assinatura do novo Programa-Quadro de Cooperação para 2018-2021, cerimónia na qual Azeredo Lopes voltará a discursar, bem como o General Salviano de Jesus Sequeira. No último dia do programa, na sexta-feira, Azeredo Lopes visita a Escola de Fuzileiros Navais, em Ambriz.

Esta quinta-feira, o ministro afirmou que as relações com Angola no domínio da Defesa são “excelentes” e disse que aquele país representa um parceiro importante, “muito antigo e muito amigo” na projeção externa da Defesa Nacional. Questionado se as relações com Angola na área da Defesa se ressentiram ou esfriaram, Azeredo Lopes respondeu que nunca sentiu “esfriar nenhum”.

“Sinto uma excelente temperatura, nunca senti esfriar nenhum. As relações na área da Defesa estão a desenvolver-se muito bem e de forma muito saudável e espero, tenho a certeza, de que assim vai continuar a ser”, declarou na quinta-feira, quando questionado pelos jornalistas à margem de uma cerimónia no Instituto de Defesa Nacional, Lisboa.

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