O fabricante alemão Audi emitiu um comunicado onde informa ter encontrado irregularidades no software que gere os motores 3.0 V6 turbodiesel utilizados nos A6 e A7, que já estavam em vias de serem descontinuados (geração C7), devido ao início de produção das novas gerações. Ao que o Observador apurou, a produção de ambos os modelos foi suspensa e até  mesmo os veículos já produzidos não serão enviados para os concessionários, sem que a marca adiante para já um número concreto. Por outro lado, o construtor germânico afirma que todos os clientes que os encomendaram serão avisados sobre a situação, admitindo que existam cerca de 60.000 unidades com o software defeituoso, todos eles comercializados na Europa.

A Audi assegura que regularmente comunica o resultado dos testes e medições que realiza internamente à autoridade federal alemã responsável pelos transportes rodoviários, bem como aos responsáveis pelos registos de veículos no Luxemburgo, e que foi no âmbito desses procedimentos que lhes comunicou os dados encontrados. Isto sem nunca mencionar qual é o problema, nem de que forma altera o funcionamento do motor, os seus consumos ou as suas emissões poluentes, avançando apenas que, de acordo com as duas entidades, providenciará software actualizado para ultrapassar a questão.

No entanto, segundo a Deutche Welle, a admissão do problema por parte dos responsáveis pela Audi surgiu depois de o Ministério dos Transportes alemão ter declarado que estava a investigar a possibilidade do fabricante ter instalado software ilegal em algumas dezenas de milhar de veículos A6/A7, mais de metade dos quais a circular na Alemanha. De acordo com o Der Spiegel, o software visava deliberadamente reduzir o consumo de AdBlue, de forma a que o cliente não tivesse de reabastecer – com a solução composta por 32,5% de ureia e 67,5% de água desionizada – antes das visitas regulares à oficina.

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