Javier Calvo, ator, realizador e ícone da televisão espanhola, estava em Lisboa com o namorado (também conhecido ator espanhol) a acompanhar a dupla que concorria à Eurovisão quando foi agredido por um “homem de Lisboa”. O jovem, que é também professor no programa de talentos Operação Triunfo, denunciou o episódio na rede social Twitter. “Um homem de Lisboa me deu um soco na cara ontem à noite. Para o caso de me verem inchado”, escreveu.
O jovem ator fazia parte da comitiva que acompanhava os concorrentes espanhóis, Amaia e Alfred, na final concurso que decorreu este sábado no Altice Arena.
Anoche me pegó un puñetazo en toda la casa un señor de Lisboa. Por si me veis hinchadito. Ella que no puede tener una noche sin titulares.
— Javier Calvo ????️???? (@javviercalvo) May 13, 2018
Descrevendo o episódio com humor e esclarecendo que ficou apenas com o rosto inchado, fazendo lembrar Eleni Foureira [a representante de Chipre no festival], “mas sem peruca”, Javier Calvo foi respondendo em vários tweets às preocupações dos seguidores. “Quando me dizem alguma coisa eu não me calo, e quando dei por mim estava a levar um murro. Houve sangue no nariz e a noite acabou”, limita-se a explicar. “Estou bem, com o lábio inchado, mas bem. O Javi diz que, de perfil, parece que fui operado ao lábio. Há que ver as coisas pelo lado positivo”, disse ainda, referindo-se ao companheiro Javier Ambrossi, também ator e realizador que o acompanhava no momento do incidente.
[Veja no vídeo quem é Netta Barzilai, a vencedora da Eurovisão]
https://www.youtube.com/watch?v=QqUV_7J1wj0
Sem especificar em que sítio ocorreu, o ator limita-se a dizer que foi “na rua, com muita gente” e que “tinham todos bebido uns copos”. Segundo o El País, esta não é a primeira vez que a dupla de Javiers diz ter sido vítima de agressões motivadas por homofobia. Em novembro, os dois contaram que foram abordados na rua por um jovem, em Madrid, que lhes chamou de “maricas” e partiu um prato que estava numa esplanada nas costas dos dois atores.
Na altura, o casal chamou a polícia, mas acabou por largar o assunto. “Defendemo-nos e não se passou nada de grave. Há gente que sofre verdadeiras agressões homofóbicas e nçao vivem para o contar. Nós lutamos por todos”, disseram na altura.