O grupo Air France-KLM designou esta terça-feira Anne-Marie Couderc presidente não executiva interina, depois da demissão de Jean-Marc Janaillac, no âmbito do ‘braço de ferro’ entre administração e trabalhadores para aumentos salariais.
Durante o período transitório para finalizar a sucessão do antigo CEO, “que deve ser o mais breve possível”, além da antiga ministra do Trabalho, num governo de Alain Juppé, foi nomeado um comité de direção colegial, segundo um comunicado do grupo de transporte aéreo. Anne-Marie Couderc vai ficar também como presidente não executiva do Conselho de Administração da Air France.
Depois do fracasso em obter consenso na consulta aos trabalhadores da Air France sobre aumentos salariais, Janaillac anunciou a sua demissão, efetivada esta terça-feira, dos conselhos de administração da Air France-KLM e da Air France.
Além da aceitação do pedido e de agradecer o desempenho de funções por Janaillac, os membros do Conselho de Administração da Air France-KLM quiseram expressar “profundo pesar” pelas repetidas greves que afetaram os clientes, nas últimas semanas, e que vão “também afetar fortemente os resultados financeiros do grupo”.
A Air France estimou que as greves deverão ter um impacto de 300 milhões de euros e que deverá ser afetada negativamente com a fatura do combustível, que aumentará cerca de 350 milhões de euros face a 2017 devido à subida do preço do barril de petróleo. A apreciação do euro face a outras divisas também terá um efeito desfavorável de cerca de 100 milhões de euros nas contas da transportadora.