A relação entre a China e as empresas americanas continua a dar que falar. Depois da Delta Air Lines e da Marriott International, chegou a vez da GAP pedir desculpa ao governo chinês por colocar à venda uma t-shirt com o mapa da China sem os territórios que o país renvindicou como seus.

“A Gap Inc. respeita a soberania e a integridade territorial da China. Soubemos que as t-shirts da marca GAP vendida em alguns mercados estrangeiros não refletiam o mapa correto da China. Pedimos sinceras desculpas por este erro não intencional”, lê-se num comunicado da marca, postado esta segunda-feira.

Segundo o The Guardian, a mensagem veio depois da partilha de fotografias da roupa na Weibo, uma rede social chinesa. A camisola estava à venda numa loja no Canadá e tinha estampado o mapa da China sem Taiwan nem Tibete, territórios que Pequim considera como chineses. No comunicado, a marca acrescenta que o produto foi retirado do mercado chinês e posteriormente destruído.

Esta não é a primeira vez que empresas americanas têm de endereçar pedidos de desculpa por situações semelhantes, numa altura em que a China tem tentado controlar a linguagem utilizada na descrição dos territórios que reivindica.  Em janeiro, a cadeia de hotéis Marriot International, que possui mais de 600 propriedades na Ásia, colocou no seu motor de busca o Tibete e Taiwan como países separados e, mais tarde, também pediu desculpa.

A Casa Branca descreveu a atitude dos chineses como um “absurdo orwelliano”, depois da tentativa do país em forçar 36 companhias aéreas do estrangeiro a retirar dos seus websites referências a Taiwan, Macau e Hong Kong como países autónomos.

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