O Ministério Público acusou Joaquim Lara Pinto dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. O homem, de nacionalidade brasileira, era o principal suspeito do assassinato do enteado, Rodrigo Lapa, de 15 anos, desaparecido a 22 de fevereiro de 2016, em Lagoa, no Algarve, e que acabaria por ser encontrado morto, com marcas de asfixia, uma semana depois, a 100 metros da casa onde ambos moravam com a mãe do menor, Célia Barreto.

O processo vai ser transferido para o Brasil para que o suspeito seja julgado em Cuiabá. No dia em que o jovem desapareceu, recorde-se, o principal suspeito viajou para o Brasil. Fonte do Ministério Público, confirma ao Observador estas informações: “O processo tem cinco volumes e vai ser enviado para o Brasil a pedido do Ministério Público brasileiro, com o consentimento do juiz de instrução criminal português”. O suspeito deverá ser agora detido pelas autoridades brasileiras e presente ao juiz.

O advogado do pai de Rodrigo, Pedro Proença, também confirma esta informação ao Observador: “O MP acredita que os indícios que acusam Joaquim Lara Pinto são suficientemente fortes e irão enviar o processo para o Brasil para ser julgado lá”.

Depois de ser ouvida pela Polícia judiciária de Portimão, Célia Barreto, mãe do menor, terá confessado às autoridades que presenciou a agressão sofrida por Rodrigo e que ouviu os gritos do filho no dia do desaparecimento. O Observador tentou contactar o advogado de defesa de Joaquim Lara Pinto, Raphael Arantes, mas até ao momento não foi possível obter qualquer comentário.

Suspeito do assassinato de Rodrigo Lapa apresentou-se à polícia, mas recusa-se a falar

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR