O Tribunal de Lagos decretou a prisão preventiva de um grupo que cometeu mais de uma dezena de furtos em residências de pessoas que tinham falecido ou dos familiares, enquanto decorriam os funerais, foi esta segunda-feira anunciado. Em comunicado, a GNR adianta que o grupo, composto por três homens e uma mulher e que atuava no Algarve e Baixo Alentejo, fazia “um estudo prévio dos obituários”, aproveitava as cerimónias fúnebres dos proprietários ou dos familiares para cometer os furtos.
A GNR acrescenta que os suspeitos, com idades entre os 18 e os 42 anos, foram detidos na quarta-feira, três deles em flagrante delito, quando furtavam o interior de uma moradia em Benagil, no concelho de Lagoa, e um outro em cumprimento de mandado de detenção. O grupo, indiciado por mais de uma dezena de furtos em residência, foi intercetado no âmbito de uma investigação por furtos qualificados, que originou uma operação policial nos concelhos de Lagos e de Portimão.
Durante a operação, foram apreendidos computadores portáteis, televisores, máquinas fotográficas, consolas, relógios, telemóveis e outros dispositivos móveis, joias em ouro, cartões bancários, 1.045 euros e 350 libras em dinheiro, entre outros. As detenções foram realizadas ao abrigo do cumprimento de três mandados de busca domiciliária, oito a veículos e dois a estabelecimentos comerciais.
No âmbito da ação foi ainda constituído arguido um homem de 30 anos, indiciado como recetador dos objetos furtados pelo grupo. Os detidos foram presentes ao Tribunal de Lagos na sexta-feira, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva. A investigação esteve a cargo da secção de Lagos do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro.