A especialista em direito internacional Ana Patrícia Graça é a nova coordenadora residente do sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, apresentando cartas credenciais às autoridades cabo-verdianas na terça-feira, foi anunciado esta segunda-feira.
Ana Patrícia Graça, que era assessora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Nova Iorque, foi nomeada recentemente coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas e representante do PNUD, UNFPA (Fundo das Nações Unidas para a População) e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em Cabo Verde, adianta a organização em nota.
Ana Patrícia Graça, que ao longo da sua carreira passou por Angola, Guiné-Bissau e Timor-Leste, apresenta as cartas credencias ao ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, na terça-feira.
De nacionalidade portuguesa, Ana Graça iniciou a carreira como defensora pública e advogada (1996-2001). É mestre em direito internacional e europeu e licenciada em direito, com especialização em relações políticas, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Antes da nomeação exerceu as funções de chefe de equipa e assessora de políticas sobre estado de direito, justiça, segurança e direitos humanos no PNUD em Nova Iorque (2014-2018).
Exerceu igualmente as funções de assessora regional de prevenção e recuperação de conflitos no centro regional Ásia-Pacífico do PNUD, em Banguecoque, (2012-2014) e foi responsável pelo programa “Estado de Direito na Guiné-Bissau” (2009-2012).
De 2007 a 2009, foi designada como assistente do representante residente e responsável pelo programa de governação no escritório do PNUD em Angola e, de 2003 a 2007, trabalhou como assessora técnica principal no programa de justiça, em Timor-Leste. Entre 2001 e 2003, Ana Graça trabalhou também em Timor-Leste com o UNFPA, bem como com a missão da ONU naquele país. Antes de ingressar no sistema das Nações Unidas, exerceu funções de assessora jurídica na Assistência Médica Internacional (1998-2001).
Ana Patricia Graça sucede à sueca Ulrika Richardson-Golinski, que terminou em abril a sua missão de cinco anos em Cabo Verde, tendo assumido o cargo de coordenadora residente das Nações Unidas no Kosovo.