Rupert Stadler é o homem à frente da Audi – lugar que ocupa deste 2010, tendo antes sido CFO –, que já afirmou que ainda há muito para fazer na Audi e que, por isso mesmo, não aceita sair de CEO. Mas pode ser que venha a ter uma surpresa e não necessariamente das boas. É que se as suspeitas pairavam sobre si há muito, por alegadamente saber mais do que diz sobre o Dieselgate, agora é oficialmente suspeito, tendo a sua casa sido alvo de uma prolongada visita dos investigadores esta semana.

Crise dos diesel ainda não acabou, diz CEO da Audi

Este avanço está relacionado com o julgamento que se iniciará em Setembro, onde também o CEO do Grupo VW em 2015, Martin Winterkorn, é uma das testemunhas que vão ser ouvidas, em companhia do CEO da Bosch e de 26 outros indivíduos com ligações ao problema. De acordo com um porta-voz do Ministério Público de Munique, Stadler “está a ser investigado por suspeita de fraude e declarações falsas e o seu apartamento foi alvo de buscas”. Mas os representantes da justiça alemã afirmam ainda que o CEO da Audi não está sozinho nestes maus lençóis, uma vez que há “outro membro da administração de topo da marca a ser igualmente investigado sob a mesma acusação”.

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A permanência de Rupert Stadler na liderança da marca alemã só foi possível graças à colaboração e apoio da administração do grupo e, sobretudo, das famílias Porsche e Piech, que o controlam, isto segundo a Reuters e a Automotive News. Mas esta solidariedade pode estar em vias de cessar, uma vez que Stadler é o tema principal de uma reunião agendada para a próxima 2ª feira, reunião essa presidida por Herbert Diess, que não estava no grupo VW em 2015 e que tem feito um esforço considerável para limpar a empresa de tudo o que a associe a esse mau período.