O salário mínimo nacional poderá sofrer um aumento já a partir do início do próximo ano, revelou o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, durante a apresentação pública do Relatório sobre Emprego e Formação de 2017, desta terça-feira, citado pelo DN.
Temos a noção de que em Portugal a subida do salário mínimo que tem sido possível fazer tem sido muito importante. significa mais rendimento para as pessoas, diminuição das desigualdades, diminuição do número de trabalhadores pobres e o facto de ser feita numa base de previsibilidade tem sido muito importante para os agentes económicos”, explicou Miguel Cabrita.
A acontecer, o salário mínimo nacional poderá ultrapassar os 600 euros brutos mensais face aos 580 euros atualmente em vigor. Isto significa que o aumento pode ser superior aos 20 euros. Caso estejam reunidas as condições de concertação entre os parceiros sociais e haja condições económicas, o aumento deverá entrar em vigor a partir do dia 1 de janeiro de 2019.
O ministro adiantou que “durante o mês de julho” o governo vai “apresentar na concertação mais um relatório de análise do salário mínimo nacional“. “O debate vamos tê-lo a seu tempo, que é no final do ano, nessa altura veremos qual é o equilíbrio possível”, assegurou Miguel Cabrita, acrescentando que o governo está atento “a todos os sinais que vão surgindo”.
Um desses sinais poderá ter partido do presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, que revelou que as associações patronais podem apresentar um valor acima dos 600 euros — “a meta do governo”. “Se continuarmos neste desenvolvimento, nesta garantia de manutenção e nas alterações que desejamos produzir ao nível da melhoria dos fatores de produção então é possível que esse valor até possa vir a ser melhorado”, disse no passado dia 23 em entrevista ao Jornal de Negócios.
Presidente da CIP diz que salário mínimo pode ficar acima dos 600 euros em 2019