França enviou Messi para casa, o Uruguai pôs Cristiano Ronaldo num avião em direção a Lisboa. A seleção francesa e a uruguaia são as duas primeiras apuradas para os quartos de final do Mundial da Rússia e enfrentam-se na sexta-feira, dia 6 de julho. Mas mais do que um embate entre França e Uruguai, o primeiro jogo dos quartos de final é o motivo de encontro entre vários jogadores que são colegas de equipa.

A começar pelas duas estrelas de parte a parte: Mbappé e Cavani. Colegas no PSG, foram decisivos nos jogos dos oitavos de final contra Argentina e Portugal e ambos marcaram dois golos. É um caso de experiência meets juventude, já que o francês tem 19 anos e o uruguaio tem 31. Tanto um como outro têm três golos neste Mundial e não é complicado adivinhar que vão querer aumentar essa contagem já nos quartos de final. Depois da desilusão em Paris, frente a Portugal, Mbappé carrega em conjunto com Griezmann as esperanças francesas; já Cavani, com Suárez, tenta trazer a glória que escapa ao Uruguai desde 1950. Kimpembe e Areola, ainda que habituais substitutos na seleção francesa, também pertencem aos quadros do PSG.

Mbappé e Cavani, lado a lado no PSG, a celebrar a conquista da Taça da Liga francesa.

Paragem seguinte: Atlético de Madrid. Griezmann terá de passar pelos colegas de equipa Giménez e Godín, habitual dupla de centrais colchonera, para marcar mais do que golos de penálti (já tem dois neste Mundial). Os dois uruguaios são os principais elementos da defensiva do Uruguai e conjugam a robustez física com a qualidade no jogo aéreo. Griezmann, velocista nato que aproveita os erros para ganhar oportunidades, terá de saber enganar Giménez e Godín: centrais que, com toda a certeza, vão passar os próximos dias a estudar vídeos das movimentações do próprio colega de equipa. Lucas Hernández, que tem sido habitualmente titular na lateral esquerda da seleção francesa, também joga no Atl. Madrid.

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Godín e Griezmann, num treino do Atl. Madrid.

O Barcelona é outro dos clubes representados numa e noutra seleção. Suárez, grande referência do ataque uruguaio, vai encontrar pela frente Umtiti, central francês que também joga em Camp Nou. Ousmane Dembélé, que foi uma das transferências do ano quando viajou de Dortmund para Barcelona, lesionou-se antes de conseguir ganhar um lugar na equipa blaugrana e ainda não é um ícone catalão: contudo, e apesar de também não ser habitualmente titular na seleção francesa, será certamente uma das opções que Didier Deschamps fará saltar do banco contra o Uruguai.

Umtiti e Suárez a celebrar um golo com a camisola do Barcelona.

E depois de França e Espanha, Itália. Bentancur, no meio-campo uruguaio, vai certamente disputar muitas bolas com Matuidi, médio da seleção francesa. Os dois são jogadores da Juventus e foram campeões italianos esta temporada. O uruguaio tem sido uma das referências da seleção sul-americana no que toca à construção e à criatividade e vai com certeza causar alguns problemas a Matuidi, um jogador mais robusto e que recua mais frequentemente.

Bentancur e Matuidi (com Higuaín), a comemorar um golo com a Juventus

Uruguai e França, duas seleções que já têm títulos de campeãs do mundo no seu palmarés, encontram-se para disputar um lugar nas meias-finais. Resta saber se sorri Mbappé ou Cavani, Griezmann ou Godín, Suárez ou Umtiti, Bentancur ou Matuidi.

[Veja no vídeo os golos da França e da Argentina em 3D]