O Nissan Leaf é um dos melhores veículos eléctricos do mercado, com um habitáculo para cinco pessoas e um motor eléctrico de 150 cv alimentado por um pack de baterias, com 40 kWh de capacidade, que é capaz de lhe assegurar uma autonomia de 380 km em ciclo NEDC e 270 km em condições reais.

A Arena de Amesterdão, também conhecida por Johan Cruijff Arena, é um estádio emblemático de futebol, num país em que a bola é o desporto rei. Não tem obviamente motor eléctrico e a sua capacidade de 54.033 espectadores ultrapassa largamente os cinco que encontram assento dentro do Leaf. Contudo, tem algo muito similar ao eléctrico da Nissan, uma vez que ambos recorrem a baterias de iões de lítio, o Leaf sempre e o estádio para se “animar” durante a noite.

Se o Nissan faz maravilhas com um pack de baterias, o Johan Cruijff Arena brilha em parte graças aos seus 148 packs de acumuladores, 63 antigos (Second Life) e 85 novos, destinados a armazenar 2,8 MWh de energia, carregada em horas de menor consumo a partir da rede, ou da electricidade produzida pelos painéis solares que revestem o estádio. Essa mesma energia eléctrica é depois utilizada para iluminar os jogos de futebol e os concertos, onde está instalada uma potência de 3 MW, permitindo ainda compensar os picos de tensão e até estabilizar a rede em caso de necessidade.

Curiosamente, apesar da sua dimensão, este sistema de acumulação de energia com packs de baterias de automóveis não é o maior que se conhece na Europa, uma vez que a central eólica de Pen y Cymoedd, no Reino Unido, acumula a electricidade que produz em 500 baterias do BMW i3, perfazendo um total de 16,5 MWh de capacidade. Não deixa de ser interessante que ambos os valores, se bem que notáveis, são mínimos quando comparados com a capacidade instalada pela Tesla, com as baterias dos seus veículos, especialmente os 80 MWh na Califórnia e os 100 MWh que forneceu para a Austrália, sendo que esta passa a ser o maior conjunto de baterias do mundo.

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