A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) encerrou esta terça-feira o processo negocial com o Governo sobre descentralização e finanças locais e garantiu um aumento de 10% das verbas a transferir para as autarquias. Com um voto contra, o conselho diretivo da ANMP aprovou as propostas já negociadas com o executivo de António Costa no âmbito do processo de descentralização e da nova Lei das Finanças Locais, anunciou a associação.

Relativamente às finanças locais, “fica assegurado um crescimento entre dois e 10% em praticamente 100% dos municípios”, disse aos jornalistas o presidente da ANMP, o socialista Manuel Machado.

Segundo o também presidente da Câmara Municipal de Coimbra, 16 dos 17 membros do conselho diretivo da ANMP votaram a favor das propostas da associação “relacionadas com os critérios de distribuição de verbas pelos municípios, de modo a que fique garantido que os montantes das transferências do Orçamento do Estado contribuam para o reforço da coesão territorial e para o equilíbrio entre os 308 municípios”. “Quanto à Lei das Finanças Locais, serão assumidas as propostas apresentadas pela ANMP”, adiantou.

Na sequência de uma reunião realizada com o Governo, na segunda-feira, a direção da ANMP decidiu também que “serão acolhidas” as propostas da organização relativamente à futura Lei-Quadro da Descentralização.

Uma resolução com as principais propostas da ANMP, em matéria de descentralização de competências da Administração Central para as autarquias e da futura Lei das Finanças Locais, foi aprovada, por maioria, numa reunião extraordinária do conselho diretivo realizada na sede na associação, em Coimbra. Manuel Machado salientou que está agora “concluído – e formalmente aprovado – este processo de negociação com o Governo, iniciado em julho de 2016 e decorrente da resolução aprovada no Congresso da ANMP”, realizado em Tróia, em março de 2015.

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