O presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, alertou para os “falsos profetas” da política na Região Autónoma da Madeira, indicando em concreto o candidato independente do PS à presidência do Governo Regional, Paulo Cafôfo.

“Cuidado com o poder absoluto, mas também cuidado com os falsos profetas, cuidado com os falsos salvadores, cuidado com aqueles que se dizem independentes, aqueles que dizem que têm muito poder em Lisboa, mas depois quando Lisboa fala amocham”, advertiu.

Nuno Magalhães falava na abertura do XVII Congresso do CDS-PP/Madeira, que decorre este fim de semana no Funchal e elegerá Rui Barreto, autor da única moção de estratégia global, líder dos centristas insulares.

O presidente do grupo parlamentar considerou que o candidato do PS à liderança do Governo Regional nas eleições de 2019, Paulo Cafôfo (atual presidente da Câmara do Funchal), bem como o deputado do PS/Madeira na Assembleia da República, Carlos Pereira, demonstram ser “falsos profetas”, porque não defendem os interesses da região em assuntos como a construção do novo hospital e o subsídio de mobilidade.

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No caso do subsídio de mobilidade, o parlamento aprovou no dia 12 de julho um diploma que determina que os utentes apenas tenham de pagar a sua parte das passagens aéreas – 86 euros para residentes e 65 euros para estudantes – cabendo ao Estado pagar o restante às companhias.

A proposta foi aprovada com os votos do CDS-PP, PSD, BE, PCP e Verdes, mas contou com os votos contra de todos os deputados socialistas.

“Onde está essa vedeta do novo PS e qual foi a força do dr. Cafôfo em Lisboa?”, questionou Nuno Magalhães, vincando que este se limitou a “ficar caladinho”.

O líder parlamentar sublinhou, por outro lado, que o CDS-PP, maior partido da oposição na Assembleia Legislativa regional (sete deputados num total de 47) está “mais forte do que nunca” na Madeira e “faz a diferença” com os outros partidos, nomeadamente com o PS e com PSD.

“Há uns, um bocadinho mais ao nosso lado [PSD], que se guerreiam, que se vigiam uns aos outros, que manipulam os militantes uns contra os outros, que dizem mal uns dos outros”, advertiu, realçando que, do outro lado, o PS revela que “não têm gente em casa” para fazer o trabalho.

“E é por isso que o CDS vai, realmente, fazer a diferença. É por isso que o CDS merece ser a primeira escola dos madeirenses”, sublinhou.

O congresso do CDS-PP/Madeira termina domingo, sendo que a líder do partido, Assunção Cristas, preside à sessão de encerramento.