O Ministério da Saúde da República do Congo revelou que foram detetados novos casos de Ébola na província Kivu do Norte, na zona oriental do país. O anúncio, feito esta quarta-feira, acontece uma semana depois de o governo congolês ter decretado o fim do mais recente surto, que provocou a morte de mais de 11 mil pessoas, entre 2014 e 2016.

Segundo informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde congolês à Organização Mundial de Saúde (OMS), quatro de seis amostras testadas em laboratório deram positivo para Ébola. Neste momento, as amostras estão a ser submetidas a novos exames no Instituto Nacional de Investigação Biomédica (INRB), localizado na capital da República do Congo, Kinshasa.

A maioria dos casos foi detetada num raio de 30 quilómetros nos arredores da cidade de Beni, em Kivu do Norte, uma zona de grande atividade comercial porque fica situada na fronteira da República do Congo com o Ruanda e o Uganda.

Em comunicado, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que o vírus continua a ser uma ameaça na República do Congo, mas mostrou-se confiante na capacidade do país de lidar com a situação. “Trabalhando diretamente com o Ministério da Saúde e respetivos parceiros, vamos lutar contra esta [epidemia] tal como fizemos com a anterior”, afirmou.

O vírus foi descoberto em 1976, perto do Rio Ébola, na República Democrática do Congo. O surto mais letal foi o que afetou a zona ocidental de África, entre 2014 e 2016.

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