Mais de 70 mil pessoas ficaram desalojadas, na sequência do sismo que atingiu, no domingo, a ilha indonésia de Lombok, anunciaram esta quarta-feira as autoridades. Estas pessoas não têm acesso a comida, a água potável ou a medicamentos, alertaram. “Intensificámos os esforços para retirar as pessoas, mas ainda há muitos problemas no terreno”, declarou o porta-voz da agência de Gestão de Desastres indonésia, Sutopo Purwo Nurgroho.

A província de Little West West, em Nusa Tenggara, no oeste do país, onde se encontra Lombok, tem falta de “comida, remédios e pessoal médico”, disse o governador Muhammad Zainul Majdi. “Os nossos recursos humanos são limitados, precisamos de mais auxiliares médicos em abrigos improvisados”, acrescentou.

Pelo menos 131 pessoas morreram na sequência do sismo de magnitude 6,9 que abalou Lombok na noite de domingo, uma semana depois de outro terramoto, na mesma ilha, ter causado 17 mortos. A ilha vulcânica é uma das principais atrações turísticas do país. As autoridades indicaram ainda terem sido já concluída a retirada de turistas estrangeiros das ilhas Gili, perto de Lombok. Na terça-feira, mais de sete mil turistas foram retirados daquelas três pequenas ilhas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, ofereceu já ajuda ao país, situado no chamado Anel de Fogo do Pacífico, zona de grande atividade sísmica e vulcânica que regista cerca de sete mil terramotos por ano, na maioria moderados. Em 2004, pelo menos 280 mil pessoas morreram em 12 países banhados pelo oceano Índico, na sequência de um sismo registado na costa norte da ilha indonésia de Samatra, que originou um tsunami maciço.

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