Mais de 600 ativistas e estudantes manifestaram-se este sábado, em Charlottesville, contra o racismo e a supremacia branca, um ano depois de uma marcha de extrema-direita ter causado três mortos naquela cidade.
“Nós dizemos ‘basta’ ao racismo. O apoio aos movimentos supremacistas brancos continua. Temos de continuar a reunir-nos e a lutar contra este flagelo”, disse à Efe um das estudantes organizadores da manifestação, na Universidade da Virginia.
A manifestação estava programada no campus Charlottesville, em honra ao antigo Presidente norte-americano Thomas Jefferson (1801-1809), palco no ano passado de um encontro de grupos de extrema-direita.
No entanto, as autoridades cercaram o local e instalaram um robusto sistema de segurança para controlar a entrada de pessoa, motivando os estudantes a escolherem outro palco para os protestos.
“Decidimos mudar o local, não era seguro para nós ou para a nossa comunidade, teria sido uma traição aos nossos ideais. Queriam-nos encerrados numa jaula, mas isso não vai acontecer”, disse o mesmo estudante à Efe.
Assim, mais de 600 pessoas, de acordo com as estimativas dos organizadores, marcharam pelo campus da Universidade empunhando cartazes com mensagens contra a supremacia branca.
No dia 13 de julho do ano passado, pelo menos três pessoas morreram no âmbito de um encontro de grupos de extrema-direita em Charlottesville, no estado norte-americano de Virgínia, segundo fontes oficiais.
Uma pessoa morreu quando um carro atingiu um grupo de pessoas que, segundo testemunhas, se manifestavam contra o encontro de extrema direita. Os outros dois mortos foram o piloto e o passageiro de um helicóptero que se despenhou nos arredores de Charlottesville, disse à época o governador do estado, Terry McAuliffe.