O presidente da Fundação Renova, criada pela empresa mineira Samarco após o desastre da barragem da Samarco em 2015, prevê indemnizar em cerca de 2 mil milhões de reais (445 milhões de euros), até ao final do ano, 19 mil famílias brasileiras vítimas do desastre.

De acordo com a revista brasileira Exame, Fernando Wakk, presidente da Renova, disse que o “período emergencial” está a terminar e que as 19 mil famílias que irão receber a indemnização representam as “mais vulneráveis”, com perdas confirmadas no rompimento da barragem de Fundão.

A tragédia remonta ao dia 5 de novembro de 2015, quando uma barragem destinada a conter os resíduos de lixo, controlada pela empresa Samarco Mineração, explodiu na região de Mariana, matando 19 pessoas e deixando um rasto de destruição por centenas de quilómetros, nas cidades de Minas Gerais e Espírito Santo.

A Fundação Renova estima que o total de famílias a receber as indemnizações suba gradualmente para 60 mil. A organização espera ainda começar as entregas de cerca de 500 casas no início de 2019 destinadas aqueles que perderam as suas moradias. Posteriormente, a longo prazo, a Fundação pretende desenvolver planos de educação ambiental.

A Fundação Renova foi criada em março de 2016, pela Samarco e pelos seus dois acionistas, Vale e BHP Billiton, com o intuito de reparar os danos causados pelo rebentamento da barragem de Fundão.

Até ao momento, a fundação gastou 4,2 mil milhões de reais (cerca de 900 milhões de euros) para reparar danos, de acordo com informações publicadas no site oficial.

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