Fort Knox

Os lingotes de ouro depositados neste complexo situado a sul de Louisville, no estado do Kentucky, estão avaliados em cerca de 190 mil milhões de dólares. É a maior reserva americana do metal precioso e alvo de segurança tão apertada que para abrir a porta do cofre é necessário que uma dezena de funcionários insiram uma combinação em que cada um deles só conhece a sua parte. A porta que protege o cofre principal pesa mais de 20 toneladas e a estrutura do edifício combina aço, cimento e granito maciço. Além disso, à volta do complexo não faltam seguranças armados, diversos tipos de alarme, sistemas de videovigilância, arame farpado, cercas eléctricas e campos de minas.

Svalbard Global Seed Vault

Não guarda ouro nem dinheiro mas algo igualmente precioso: sementes vindas do mundo inteiro, que juntas compõem a maior coleção mundial de biodiversidade agricultural, uma espécie de Arca de Noé vegetal. Aberta em 2008, esta caixa-forte resistente a terremotos e inundações situada na ilha norueguesa de Spitsbergen, a apenas 1300 quilómetros do Polo Norte, foi construída pelo governo local com o apoio de diversas instituições não governamentais, com destaque para a fundação Bill e Melinda Gates. A intenção é, em caso de catástrofe, poderem ser retiradas sementes para revitalizar culturas ou bancos de germoplasma — o nome técnico — locais, algo que aconteceu pela primeira vez em 2015, quando a Síria teve de refazer o seu banco de sementes em Beirute, no Líbano, devido à Guerra Civil que assolava Aleppo.

Area 51

No imaginativo mundo das teorias da conspiração, a base da Força Aérea dos Estados Unidos situada no deserto do Nevada e popularmente designada por Area 51 é associada a um pouco de tudo: experiências com alienígenas e seres humanos, viagens no tempo, clonagem e, até, à filmagem da viagem à lua de 1969 que, para muitos, nunca aconteceu.

O secretismo à volta desta base, que só foi oficialmente reconhecida pela CIA em 2013, ajuda a que assim seja: não só fica numa zona remota, como os terrenos adjacentes foram retirados de uso público para impedir a visita de curiosos. Não há propriamente uma vedação mas sim avisos visíveis e esclarecedores — alguns avisam, inclusive, para o uso de ‘força letal’ —, sensores de movimento e patrulhas frequentes. O espaço aéreo é muitíssimo restrito e, além disso, todos os trabalhadores da base são obrigados a assinar termos de absoluta confidencialidade.

Casa Branca

Já muitos terão pensado em invadir a Casa Branca para salvar o mundo de Donald Trump e respetivos tweets. A verdade é que não é nada fácil. Será, provavelmente, a residência oficial mais bem guardada do mundo. Tudo começa na famosa vedação que a rodeia, alvo de melhoramentos e modificações desde que foi mandada instalar, em 1801, por Thomas Jefferson. Mas a vedação é apenas o começo: lá dentro, equipas dos Serviços Secretos vigiam constantemente o interior do complexo, há um radar no telhado que deteta quaisquer violações do espaço aéreo — é proibido voar sobre a Casa Branca —, vidros à prova de bala, sensores de infravermelhos e até sistemas que filtram todo o ar que entra no interior do edifício.

Bahnhoff Pionen Data Center

Um antigo bunker construído durante o auge da Guerra Fria em Estocolmo, cravado em granito, 30 metros debaixo do chão, dá hoje abrigo ao Pionen, um dos principais datacenters da Bahnoff, a empresa prestadora de serviços de internet (ISP) sueca que se tornou famosa por alojar — naquele local — os servidores do WikiLeaks. Toda a estrutura é acessível por um túnel e tem apenas uma entrada, tanto para entrar como para sair: a respetiva porta tem cerca de 40 centímetros de espessura. Diz-se que é capaz de aguentar o impacto de uma bomba nuclear e várias semanas sem abastecimento de energia graças à potência de dois enormes geradores que são, na verdade, motores de submarinos alemães.

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