Há males que vêm por bem. Para os espetadores, este fim de semana seria de espetáculo garantido em Silverstone, onde deveria decorrer o Grande Prémio da Grã-Bretanha, a 12.ª prova do calendário de 2018; para Miguel Oliveira, estava a ser um fim de semana para esquecer, muito por culpa da chuva que condicionou e muito a qualificação para a prova. Contas feitas, as condições meteorológicas não melhoraram, os pilotos bateram o pé e a corrida foi mesmo cancelada. O que, no caso do piloto da KTM, até acabou por ser uma medida favorável, tendo em conta o contexto em que estava inserido.

Depois de ter sofrido uma queda na primeira sessão de treinos, que acabou por prejudicar o resto do dia, o piloto português teve a pior qualificação de sempre contando mesmo com os anos em que militou no Moto3, não indo além da 23.ª posição na grelha de partida. “Não percebi o quão rápido podia andar nas zonas molhadas da pista, nunca tive uma referência à minha frente que me servisse para ver o quanto podia arriscar nessas zonas e acabei por perder aí muito tempo”, explicou Oliveira.

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Não seria a primeira vez que o piloto da KTM saía de uma posição recuada e conseguia galgar lugares com o passar das voltas, mas era pouco provável que fosse a tempo ainda de almejar lugares do pódio e, sobretudo, que não perdesse pontos para o principal rival no Mundial de Moto2, Francesco Bagnaia, que conseguira o tempo mais rápido da qualificação. Assim, e sem ter nada a ver com isso, Oliveira acabou por sair beneficiado pelo cancelamento da prova em Silverstone.

Da liderança na primeira curva ao segundo lugar na última curva: o GP de Miguel Oliveira na Áustria

Depois do adiamento da prova de Moto GP para as 15 horas (desta vez o Moto2 seria depois da principal categoria), voltou a haver um novo adiamento para uma hora mais tarde. Aí, era certo que só haveria duas hipóteses: ou estavam reunidas as condições mínimas para a realização da corrida ou a mesma teria de ser cancelada, como viria a acontecer. Perante o facto de continuar a chover em Silverstone, os próprios pilotos tiveram uma palavra decisiva para que a organização tomasse a decisão.

Desta forma, Miguel Oliveira continua a ocupar o segundo lugar do Mundial de Moto2, apenas com três pontos a menos do que Pecco Bagnaia, depois de já ter estado na liderança após o Grande Prémio da Rep. Checa. A próxima prova está agendada para daqui a duas semanas, a 9 de setembro, no Misano World Circuit Marco Simoncelli, em São Marino.